Johann Sebastian Bach (1685-1750) era funcionário público da Câmara Municipal de Liepzig e ao que parece muito pouco apreciado pelo seu contratante. A autarquia desprezava o seu trabalho, perseguia-o e chegou-lhe a reduzir o ordenado. A Câmara Municipal só lhe exigia que compusesse as cantatas para as missas de domingo e que ensinasse as crianças do coro municipal a cantar, mas Bach sentia um apelo divino e um grande dever moral durante o momento de compor. Não se ficou pelo comum e deixou a sua fé verter para as pautas criando obras que a mim me arrepiam, como a que assisti recentemente no Teatro Monumental de Madrid - Oratória de Natal, versão integral. Foram três horas de êxtase.
Aprendi que nesta época era habitual os compositores usarem uma técnica para compor, uma espécie de auto-plágio ou de reciclagem de peças, que sofrem uma nova composição e uma nova letra e acabam por encaixar numa nova obra. A Oratória de Natal é uma dessas obras feitas de peças recicladas. Viva a reciclagem!
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