31 October 2006

A pintura continua a evoluir… a minha é que nem por isso

Para os mais curiosos sobre o meu processo criativo cá vai a minha mais recente "obra".
Como eu já disse no título, a pintura evolui todos os dias... Mas eu só continuo a experimentar :-) Desta vez foram as texturas, os limites, as sombras e a mistura de materiais...

Frank O. Gehry e a vida real

O fim de semana passado, depois de um excelente almoço e de uma boa hora de siesta – não há nada como adoptar os bons hábitos locais – toca a rumar em direcção ao local que neste momento é centrípeto na Rioja Alavesa (quer isto dizer que é a parte da Rioja vinícola que está no País Basco, na província de Álava). Eu sei, eu sei, é complicado perceber bem a organização territorial à primeira mas depois de uns anos a gente habitua-se… Bem, a pequena terra chama-se Elciego e concentram-se ai 14 adegas, entre as quais a de Marquês de Riscal. Ora exacto, é essa mesma que comprou ao Frank Gehry o "desenho" e mandou construir a “coisa lá de baixo” que já descrevi num post anterior e que teve direito de inauguração com a presença do Rei e tudo. Adiante… É muito interessante o impacte que uma obra destas tem numa pequena vila rural que poderíamos comparar a algumas das nossas aldeias em Portugal. O local virou uma romaria para todos: as elites que procuram a obra do famoso arquitecto e todo o tipo de curiosos em excursão... De camioneta, de carro, a pé, de bicicleta, as pessoas chegam de todo o lado de máquina fotográfica em riste e com a expectativa de poder estar perto da obra, levar um bocadinho para casa armazenado nos pixeis da câmara..

A minha expectativa também era grande e depois de lá estar não pude deixar de me surpreender, não com a obra em si, mas com o impacte que tem no sossego daquela (anteriormente) pacata vila e também na paisagem e ambiente da mesma.

Quem parece não se preocupar com o sossego são os hóspedes do luxuoso hotel, pois a protecção em torno deste é mais que muita. Do lado de cá das grades vemos o hotel à distância...

20 October 2006

Grupo de Estudos Ambientais ou nova campanha publicitária de uma marca da moda?

ELAS E ELES


Até o Miguel Ângelo fazia asneira, tá?

Ontem visitei a Igreja La Redonda, a concatedral de La Rioja (em Logroño), para ver o tão famoso "Calvário" de Michelangelo Buanarrotti, o génio renascentista...
O quadro é pequeno. Fiquei com a mesma impressão que tive quando vi pela primeira vez a Mona Lisa de Da Vinci: meio palmo de quadro para dez de segurança! Mas como as grandes obras não se medem aos palmos...
Mas toda esta introdução para dizer o seguinte: a mão da virgem, figura da esquerda, foi corrigida (houve um "arrependimento" do artista) para introduzir a figura aos pés de Jesus, a Madalena. Esse "arrependimento" é bem visível no quadro ao vivo e creio que nesta imagem também se percebe algo...
De dizer que o pároco local tem nas obras de arte desta igreja uma fonte regular, e de certeza signficativa, de receitas. Por exemplo, este quadro (porque há outros na mesma situação...) está escondido numa arca de alta segurança que só se acende para permitir o seu visionamento contra a entrega de 50 cêntimos. Claro está que à volta do quadro se vão juntando vários turistas, assim com jeitos de desinteresse mas constantemente a rondar a área, para ver qual é o primeiro a desembolsar a dita moeda e permitir assim que todos os outros vejam a obra. :-)

Depois de umas frutas tortas...

Nada como juntar um jarro e um pão à louca odisseia... e voilá!! Continua a minha saga pelos caminhos da ilustração...

19 October 2006

O que se passa de verdade no Porto?

Eu não queria ser mais uma a incendiar o porventura já mais que consumido debate, mas hoje de manhã um amigo escreveu-me umas frases que me despertaram. Infelizmente ainda não consegui construir a minha ideia sobre o tema. Ele dizia "um grupo de românticos do Rivoli desassossegou-nos a todos. A cidade anda letárgica. Ou seremos nós que andamos assim e transferimos para a cidade, essa entidade abstracta, os nossos estados de espírito?".
Que opinam sobre isto?
(a foto não é minha, é do Ramonet)

Frank O. Gehry fez "a coisa lá de baixo" na Rioja

Sim, "a coisa lá de baixo" é o nome dado pela população de Elciego ao absolutamente exuberante hotel de luxo desenhado pelo Frank. Fica a 10 km de aqui, na Rioja Alavesa. Tenho que ir lá um destes dias comprovar se ao vivo é tão espectacular.
Devo desde já dizer que os programas neste hotel de luxo incluem vinoterapia. Hummm, um spa com vinho tinto: o que se pode querer mais? :p
Qual é a vossa opinião sobre "a coisa lá de baixo"?

18 October 2006

Ibéria ou Espanha? Fusão ou digestão?

Quase metade dos espanhóis é favorável a uma união entre Portugal e Espanha
PÚBLICO, 18.10.2006

"São mais os espanhóis do que os portugueses que veriam com bons olhos uma eventual união entre os dois países vizinhos. Quase metade dos espanhóis contra pouco mais de um quarto dos portugueses.
Uma sondagem publicada ontem pela revista espanhola Tiempo revela que 45,6 por cento dos espanhóis são favoráveis à fusão. Destes, a maioria (43,4 por cento) defende que o novo país deve ter um velho nome - Espanha -, ao passo que 39,4 por cento chamar-lhe-iam Ibéria; e a esmagadora maioria (80 por cento) defende que a capital deve manter-se em Madrid, contra apenas 3,3 por cento que favorecem Lisboa. Cerca de metade dos inquiridos defende a manutenção do actual regime monárquico espanhol contra 30,2 por cento favorável a uma República. A sondagem revela que o apoio à união entre os dois países é particularmente elevada entre a população mais jovem, dos 18 aos 24 anos, com mais de metade (50,8 por cento) a mostrar-se favorável a essa opção. Esta sondagem surge poucas semanas depois de uma visita presidencial de Cavaco Silva a Espanha e de uma sondagem publicada pelo semanário português Sol que indicava que 28 por cento dos portugueses são a favor de uma integração de Portugal e Espanha num único Estado. Esta revelação teve, porventura, mais eco do outro lado da fronteira do que cá, suscitando artigos de opinião na imprensa espanhola e até uma reportagem no telejornal da TVE sobre como as tabuletas comerciais (em português) teriam de ser alteradas (para castelhano), se tal fusão se concretizasse...Para ilustrar uma hipotética união ibérica, a revista Tiempo publica uma reportagem realizada nas aldeias vizinhas de Rionor de Bragança (Portugal) e Rihinor de Castilla (Espanha), separadas apenas por um rio."

Mariaaaa, que pasa con la téle?

Ontem foi o dia da maçã e da pêra


Depois de dois jarros ontem foi o dia de desenhar uma maçã e uma pera, às quais foi ainda adicionada, mais tarde, uma banana. Uma verdadeira salada de fruta! :-)
Não se vê muito bem mas no papel colado na parede está a minha obra prima. A obra da revelação de uma artista "que não vai a lado nenhum", como diria o Ricardo no Gato Fedorento!
:p

Algumas imagens de Angola

Estas são só algumas imagens mandadas a partir de Angola. São aquelas imagens que não se podem tirar em caso algum, de acordo com as regras vigentes. E são também aquelas que retratam um bocadinho do país real...

17 October 2006

O que é feito do meu dinheiro?

Ontem, numa estadia de uma hora na Biblioteca Municipal, dediquei-me com atenção ao Relatório de Desenvolvimento Humano de 2005 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Claro está, fui em busca do lugar de Portugal no índice de desenvolvimento humano (IDH)* e ainda de alguns outros indicadores.
Decidi fazer alguma comparação de realidades - uma que conheço bem e outra que estou a começar a conhecer - tomando nota de alguns números de Portugal e Espanha.
E ao fazer este exercício não pude deixar de me questionar o que é feito do meu dinheiro, aquele que dou às bateladas ao Estado Português?
Ok, vejam alguns números e depois por favor ajudem-se a ver se estarei errada:
- Portugal ocupa o 27º lugar do IDH e Espanha está em 21º. E isso acontece essencialmente porque em Espanha se produz mais (22.391$ versus 18.126$ em PIB per capita), se esperam viver mais anos à nascença (79,5 vs. 79,2 anos), se está mais alfabetizado (97,7% da população vs. os 92,5% em Portugal). No outro indicador que entra para o cálculo deste índice - uma combinação das matriculas em vários níveis de ensino básico - estamos quites (94%).
Até aqui ainda vá, mas... olhem para as prioridades do gasto público:
- Portugal gasta 5,8% do seu orçamento em educação, 6,6% em saúde e 2, 1% em despesas militares. Espanha gasta respectivamente, 4,5%, 5,4% e 1,2%. Gasta percentualmente menos em tudo. E tem mais resultados.
Olhando somente para a Saúde: com o investimento realizado anualmente por Portugal esperar-se-ia que o nosso sistema nos desse um pouco mais. Olhando somente para estatísticas, por exemplo, Espanha tem 320 médicos por cada 100.000 habitantes e Portugal tem somente mais 4... Além disso, em Portugal pagamos taxas moderadoras para tudo - nos centros de saúde, nas urgências, ao fazer exames médicos... Em Espanha um cidadão não tem qualquer custo extra quando frequenta qualquer instituição do sector. O que estaremos a fazer mal em Portugal?
- E porque gasta Portugal (números de 2003) o equivalente a 2,1% do seu PIB em despesas militares? Por favor expliquem-me senão o momento de acertar contas com o Estado vai ser cada vez mais difícil de suportar.

*Mais info em: http://hdr.undp.org/

Uns flashes de Vitória...

1. Catedral "Aberta por Obras". Viva quem tem visão para perceber que um problema facilmente se transforma numa oportunidade. Se calhar esta catedral de Santa Maria nunca teve tantos visitantes... 2. Presos polítics da ETA. Este cartaz está em muitas janelas, varandas, paredes e contesta o facto de os presos políticos da ETA estarem em cadeias dispersas por toda a Espanha, o que dificulta as visitas de familiares e amigos. O governo alega questões de segurança...

3. Pintxos. Recomenda-se o Bar Toloño na Cuesta de San Antonio. Oram vejam...

Uma Vitória para os peões

Vitória Gasteiz - é a capital política do País Vasco. E é a capital dos peões e bicicletas. Toda a cidade tenta ser o mais amigável possível para estes.

Áreas interditas ao carro, bicicletas de empréstimo em diversos pontos da cidade, guias próprios com as ciclovias e corredores pedestres...

Curiosamente é uma cidade até bastante desnivelada. A parte medieval e a área de crescimento da cidade estão tão desniveladas que os locais se orgulham de apresentar nos guias turísticos a obra arquitectónica realizada par vencer esse desnível: os Arquillos.

Aqui o desnível não é desculpa para não promover a utilização da bici.

Porque é que os espanhóis são assim?

Uma coisa que me faz sentir 'estrangeira' por estas terras, seja no norte, centro ou sul de Espanha, é a maneira como estacionam os carros e, claro está, os retiram dos ditos aparcamentos. A expressão "estacionar de ouvido" faz muito sentido para estes lados.
Sem qualquer tipo de inibição batem à frente e atrás até tirarem ou estacionarem o seu carro, mesmo quando têm espaço mais que suficiente. E ao abrir as portas do carro também não se impedem de fazer umas mossas nas portas dos carros estacionados ao lado. É claramente uma questão cultural que acentua este espírito de "torero" dos espanhóis. Para mim é um choque cultural e para o meu pobre carro não foi um: foram já vários e que deixaram marca!
Ok, nem tudo é negativo e há que lhes dar o valor devido e dizer que são verdadeiros mestres: conseguem estacionar o carro em espaços inimagináveis.
Não posso deixar de contar esta história: uma vez, com uma espanhola como co-piloto, estava a tentar estacionar o carro e procurava um lugar onde - segundo os meus critérios - o carro encaixasse. Ela só dizia: "aqui, este, aqui...eu já tinha estacionado o carro há muito tempo!"

16 October 2006

Gogoratu Kontuz Gasteiz Ongi Etorri Agur Zentruak

Gogoratu, Kontuz, Gasteiz, Ongi Etorri, Agur, Zentruak. Quer dizer: Lembre, Cuidado, Vitória, Bem-vindo, Adeus, Centro... A lígua dos vizinhos bascos é mesmo absolutamente distinta e fantasticamente divertida de tentar pronunciar. Tenho andado a recolher algumas palavras à medida que as vou encontrando em sinais na estrada, lojas, cartazes a rua e afins... Estamos aqui a menos de mil metros de distância do País Vasco. Ora experimentem ler o nome desta rua e descobrir o que significa! Mais caramelos "El Logroñes" postos a concurso nesta edição!

Tudela em Navarra - a cidade das surpresas

Aqui neste enclave que é Logroño, esta cidade que quase ninguém conhece e que me pedem incessantemente para repetir o nome porque não fica facilmente no ouvido :-) temos a sorte de estar num cantinho mesmo ao lado das comunidades de Navarra e Pais Vasco e muito perto de Castilla-León. Por exemplo, Pamplona e Vitória não estão a mais de 80 km, e Bilbau e Burgos a cerca de 130km. Mas essas são as grandes cidades. Muitas outras há no intermédio...
Por exemplo, Tudela, na comunidade de Navarra, é muito conhecida pela sua catedral românica, plantada sobre um templo árabe e com detalhes góticos. Nesta catedral foram recentemente descobertos vestigios arqueológicos romanos e medievais, quer católicos, quer árabes. Ainda estão em fase de busca...
É uma cidade com um centro histórico absolutamente decadente - infelizmente como muitos por estes lados. O que mais gostei? Dos pimentos a secar janela sim, janela não...
Um dado curioso: Napoleão andou por estes lados e ao contrário do que aconteceu em Vitória - onde está um memorial à vitória dos espanhois - a 23 de Maio de 1808, na "Batalla de Tudela", Napoelão levou a melhor e por isso o nome desta cidade está inscrito no Arco do Triunfo em París.

9 October 2006

O meu conta kilómetros gasta pneus

Sim, é verdade. Esta maquininha fantástica - o pedómetro - conta as milhas percorridas num percurso a pé. Tem um sensor de movimento e conta o número de passos dados e calcula, por estimativa, a distância percorrida.
Tenho o meu pedómetro guardado há exactamente 2 anos -tinha-o trazido dos Estados Unidos - e nunca (!) o tinha utilizado. Agora posso contabilizar os km que percorro a pé... e com mais alguns números calcular a energia dispendida em cada percurso. Vamos lá ver se os pneus se gastam ou não!

A cidade é uma reacção química

Esta noite estive a assistir a uma conferência sobre mobilidade sustentável na cidade de Logroño. Sem querer escrever demais - até porque muito do que foi dito já conhecemos da realidade portuguesa - queria partilhar algumas ideias chave com que o palestrante nos presenteou:
1. A cidade é uma reacção química. Podem existir no local todos os componentes mas faltar algum catalisador que inibe a reacção... Podem existir muitas pessoas e não haver cidade. podem existir muitos espaços públicos e não haver cidade.
2. Idealmente não devemos defender os "carris bici" nas cidades. Devemos é tentar promover a necessidade de se criarem os "carris coche". Isso seria o ideal: o carro ser relegado para a posição que deveria ocupar na cidade - um lugar terciário.
3. Os carros nas cidades comportam-se fisicamente da mesma forma que os gases: se comprimidos ocupam pouco espaço, se libertados expandem-se por todo o lado...
4. É realmente estranho que o nosso ideal de transporte na cidade seja uma "bola metálica de 1500 kg" com uma eficiência de 1% (esta eficiência resulta da seguinte combinação: a eficiência energética de um veículo a motor tem uma eficência energética de cerca de 20%; a eficiência de um veículo de 1,5 toneladas para transportar 60kg (uma pessoa) é de 5%).

Três cegonhas negras no Embalse de las Cañas


Fantástico. Mal poderia imaginar que numa pequena lagoa ao lado de um polígono industrial - apesar de ser apelidada de Reserva Natural - iria encontrar nada mais nada menos que 3 cegonhas negras. Primeiro uma meia perdida ali entre umas quantas cegonhas-brancas e muitas mais garças-reais. Eis que chegam mais duas. Planam em circulos em cima da lagoa até finalmente pousarem. Começaram a ambientar-se - nomeadamente apreciando frente a frente as complementares cegonhas-brancas - e depois toca a encher o papo, que comida ali não falta.
Escusado será dizer que ganhei o domingo!
Não vos vou pedir que identifiquem onde estão na foto ;-) mas posso garantir que as três familiares negras estão lá! Uma na água e duas ao fundo, na margem.

Benvindos à republica independente do meu escritório

Uma coisa aprendi ao fim destes anos: preciso de ter o espaço organizado muito à minha maneira para poder sentir-me "em casa" e trabalhar de forma produtiva.
Por isso a semana que passou foi um pouco esse período necessário para criar o meu "pequeno reino" cá em casa. E voilá, cá está o quarto dos neurónios em ebulição...
Escusado será dizer que é um escritório cujas peças são provenientes do expoente máximo da globalização em termos de "casa e decoração": 0 Ikea... Nada é perfeito e o meu escritório também não foge à regra, mas dada a dimensão do orçamento que tinha disponível não me posso queixar muito.
Por coincidência, um dia depois da visita ao Ikea estava a ler um semanário e saltaram dessas páginas alguns factos curiosos sobre a multinacional sueca.
Sabiam que o catálogo do Ikea tem uma tiragem muito superior a qualquer outro livro? 160 milhões de exemplares por ano! É o livro mais lido do mundo...
Há cerca de um ano o arquitecto Rem Koolhaas, que todos conhecemos pela Casa da Música, e que não é propriamente considerado um integrado, escreveu no seu livro/exposição Content a cartografia das coisas que nos tornaram uma sociedade irremediavelmente globalizada. Os armazéns Ikea surgem em quarto lugar, logo após as bases norte-americanas, o MacDonalds e os países que emitem o Big Brother...

5 October 2006

La Garzeta de Logroño: porquê?


A pedido de várias famílias que me perguntam "porquê este nome para o teu blogue?"...
Escolhi "Garzeta" porque é a palavra castelhana para "garça", uma ave que muito admiro pela sua elegância, discrição, paciência, destreza e vejo com frequência aqui no Rio Ebro, nos passeios pelo parque que acompanha o rio.
Escolhi "Garzeta" também pela semelhança com a "Gazeta", palavra que tanto existe em português como em castelhano e que significa exactamente o mesmo: jornal...
A fracção "de Logroño" já não precisa de explicação, pois não? :-)
Já agora, levo um pacote de caramelos de Logroño ou uma garafa de tinto Rioja (à escolha) a quem adivinhar quantas garças estão nesta foto!
Alguém quer tentar?

4 October 2006

Continua a saga do cidadessustentaveis.info

No dia 22 de Setembro foi publicamente apresentado o projecto www.cidadessustentaveis.info do Grupo de Estudos Ambientais da ESB-UCP no qual estive envolvida de "alma e coração" durante um bom período de tempo. E apesar de estar por cá - maravilhas da tecnologia - continuo a trabalhar neste projecto do qual me orgulho bastante, apesar de me ter custado a necessidade de pintar o cabelo (para cobrir todas brancas que se evidenciaram nos últimos meses)...

Vale a pena uma visita em www.cidadessustentaveis.info ou parcialmente em:

Por favor deixem sugestões e comentários nos próprios portais para poderem ser melhorados...

Voltar a estudar...


Esta manhã inscrevi-me na Universidade de La Rioja como "aluno visitante", um formato no qual um qualquer aluno se pode inscrever em cadeiras avulsas de qualquer licenciatura. Depois de muitas buscas optei por duas disciplinas da Licenciatura em "Trabajo Social":

Métodos e Técnicas de Insvestigação Social http://www.unirioja.es/estudios/trabajo_social/4031034.shtml

Planificação, gestão e avaliação de Programas Sociais http://www.unirioja.es/estudios/trabajo_social/4032007.shtml

As aulas já começaram...

A minha primeira aula de pintura


Ontem foi o grande dia, do cumprimento da promessa que fui fazendo a muitos amigos ai pelo Porto: aprender a pintar.
A primeira aula foi como a primeira aula em qualquer sítio: nome, interesses, experiências passadas... Para mim foi muito fácil: marta, acrílicos, zero.
Para a semana começamos a sério: a desenhar jarrões para aprender as medidas e proporções. Depois parte-se para a primeira experiência de utilização de outros materiais ... e na semana seguinte espero não estar a desesperar por achar que nunca na vida vou saber pintar de jeito!
Escolhi propositadamente para ilustrar este texto quatro quadros de Joan Miró. Dois da fase mais inicial (nem parecem "mirós"!) e dois da sua fase mais conhecida. Reparem nas evoluções...
Vou agarrar-me com força a esta ideia de que os primeiros quadros são só experiências para me manter à tona quando eu olhar para os meus "quadros" e me parecerem apenas paletas com cores mal misturadas ou os desenhos que fiz quando tinha 5 anos... hummm... se bem que essa ideia não era nada má, já que eu adoro desenhos de crianças :-)

3 October 2006

O síndrome do emigrante


Ainda só estou em Logroño há dois dias mas já sinto o síndrome do emigrante.
Antes da partida é o tratar dos papéis no consulado e segurança social. Depois é a viagem de carro, a rebentar de tralhas e seguindo as tradicionais rotas dos emigrantes em França. Depois são os pais a perguntar se vou passar o Natal. E é este sentimento de que "não sou de cá" que me assalta no supermercado, na rua, quando tento falar ao telefone com alguém...