11 December 2009

Hoje I e II


















Vazio II


Alegria I

(Cuenca 08.12.09)

Reflexos II

(Espacio Gustavo Torner Cuenca 08.12.09)

Vazio I

(Fundación António Peréz Cuenca 09.12.09)

Reflexos I


(Fundación António Peréz Cuenca 09.12.09)

Celda 211

Este filme de Daniel Monzón com um impressionante Luís Tosar como protagonista (Malamadre) passa-se numa prisão em Zamora. Tapei os olhos com as mãos (espreitando entre os dedos) apenas em dois ou três momentos, mas estive todo o filme agarrada à cadeira. Curiosamente, é um daqueles filmes que é ácido sem deixar de ser doce... Recomendo Celda 211

Comentário El País 11.12.2009 (A veces la vida te la mete doblada sin que te des cuenta. Basta un segundo para que el universo que cada cual se había montado para uso particular salte por los aires. Se acabó. Es entonces cuando de verdad uno se la juega... se ve del otro lado de la barrera.)

7 December 2009

EL PAÍS anexa Portugal

Na capa do jornal "EL PAÍS" de ontem pode ler-se: “La Península está en la primera línea del frente del calentamiento y será el país europeo ...”. Parece-me uma vergonha que um jornal de referência como este, e o qual tenho em boa conta, tenha esta falta de conhecimento sobre a geografia política europeia. A explicação alternativa é a tentativa de anexação subliminar de Portugal. Nesse mesmo diário escreveu-se em tempos algo que já mereceu o meu registo aqui no blogue : “graças ao trabalho de tradução da Pilar o Saramago é o maior escritor espanhol de expressão portuguesa”. Por favor, mais respeito ou menos ignorância.

Schlafe mein liebster, geniesse der ruh

«Maternidades» es un proyecto compuesto por una serie de fotografías instantáneas realizadas en todas partes del mundo en las que aparece una madre y un hijo. A través de estas imágenes y los textos que las acompañan, ambos del fotógrafo y periodista Bru Rovira (premio Ortega y Gasset 2004), viajamos por países y culturas diferentes. A pesar de que las situaciones pueden ser muy adversas —guerra, enfermedad, hambre, pobreza, etc.— las fotografías captan la maternidad como una relación única donde sobresale la belleza y el amor.
Caixa Fórum Madrid

Bach também reciclava

Johann Sebastian Bach (1685-1750) era funcionário público da Câmara Municipal de Liepzig e ao que parece muito pouco apreciado pelo seu contratante. A autarquia desprezava o seu trabalho, perseguia-o e chegou-lhe a reduzir o ordenado. A Câmara Municipal só lhe exigia que compusesse as cantatas para as missas de domingo e que ensinasse as crianças do coro municipal a cantar, mas Bach sentia um apelo divino e um grande dever moral durante o momento de compor. Não se ficou pelo comum e deixou a sua fé verter para as pautas criando obras que a mim me arrepiam, como a que assisti recentemente no Teatro Monumental de Madrid - Oratória de Natal, versão integral. Foram três horas de êxtase.
Aprendi que nesta época era habitual os compositores usarem uma técnica para compor, uma espécie de auto-plágio ou de reciclagem de peças, que sofrem uma nova composição e uma nova letra e acabam por encaixar numa nova obra. A Oratória de Natal é uma dessas obras feitas de peças recicladas. Viva a reciclagem!

Um balde de água bem fria, à temperatura de Madrid

A gota já vem pingando mas desta vez o balde caiu-me na cabeça. Quem se põe debaixo do balde arrisca-se. É para aprender.

Madrid desde o céu

Vistas desde o 7º andar do edifício do Circulo de Belas Artes de Madrid, Ago 2009

Natal em Madrid

Plaza Mayor
27.11.09

Cocido Madrileño: La Bola

Está na Rua "La Bola" (perto da Ópera) e é restaurante desde 1870.
Tem um aspecto típico de tasca de Madrid, com um ambiente muito acolhedor.
O cozido é feito nuns púcaros de barro individuais que, diz na página web do restaurante "La Bola" são deixados lentamente a cozinhar em lenha de azinheira.
O serviço foi simpático, o local estava cheio! Reservamos com dias de antecedência e já só havia mesa disponível para as 15h30!

9 October 2009

Precisamos de um herói



Excerto de um discurso que fez aos alunos no início do ano escolar: "...nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. (...) Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona. Talvez tenham a capacidade de ser bons escritores - suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para jornais -, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo. Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores - quem sabe capazes de criar o próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina -, mas se não fizerem o projecto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser mayors ou senadores, ou juízes do Supremo Tribunal, mas se não participarem nos debates dos clubes da vossa escola podem nunca vir a sabê-lo. (...) No entanto, escolham o que escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível a não ser que estudem. (...) O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro. ..."

7 October 2009

Um Ig Nobel

Stephan Bolliger y sus colegas de la Universidad de Berna experimentaron si un botellazo en la cabeza es más contundente con el envase lleno o vacío. Publicaron el estudio en el diario de medicina legal y forense de su demarcación y ha merecido el Ig Nobel de la Paz 2009, que recogió el propio Bolliger. Los Ig Nobel (pronunciado igual que ignoble) datan de 1991 pero no tienen el mismo empaque, retribución ni fama que los de patente sueca. A medio camino entre la parodia y la investigación, también son evaluados por un comité científico. La relación de galardonados de este año fue proclamada el sábado en el Instituto Tecnológico de Massachusetts, en el corazón de Harvard. El innoble de Economía fue para los directores, ejecutivos y auditores de cuatro grandes bancos islandeses, por demostrar que pequeñas entidades pueden transformarse rápidamente en imperios financieros y viceversa. El mismo principio fue validado para la economía del país. Ningún agraciado acudió a la entrega. El de Matemáticas ha sido para Gideon Gono, gobernador del Zimbabwe's Reserve Bank (la denominación en inglés evita malentendidos), por estimular a la población de forma simple y diaria en el manejo de números, gracias a una gama de billetes cuyos valores oscilan entre un céntimo de dólar y cien trillones...
continua

Sobre os IG NOBEL (de verdade que garante umas boas gargalhadas e é investigação de verdade!)

Antropoceno sem anthropos

Um grupo de 29 cientistas liderados por Johan Rockström (Stockholm Resilience Centre) publicaram recentemente um artigo na revista Nature no qual definem nove limites fisicos para o planeta Terra que a humanidade não deve transgredir. Ultrapassar qualquer um destes limites pode causar uma instabilidade abrupta nos sistemas essenciais de suporte da vida. Passaremos do período holoceno (que teoricamente seria estável durante mais meia dúzia de milhares de anos) para o antropoceno (o período em que a Terra lidará com as alterações drásticas e profundas que o homem gerou na biosfera). A designação "antropoceno" é, no mínimo, paradoxal pois as alterações que se esperam questionam gravemente a viabilidade das próprias sociedades humanas. Um antropoceno sem anthropos.

Imagem de The World Without Us

6 October 2009

O mundo um bocadinho ao contrário...

Excertos de um mail remetido por uma pessoa atenta aos actos praxistas a uma direcção de uma determinada faculdade:
Tenho observado e ouvido os rituais de acolhimento que os nossos alunos seniores prestam aos “caloiros”. Tenho dúvidas sérias que a praxe seja um elemento de integração e acho que ainda por cima são dados maus exemplos: nas últimas semanas, desde o nosso gabinete assistiu-se aos “doutores” a deitar o lixo no chão, a fazer peões com os carros no parque de estacionamento, a colocar música altíssima estilo “tunning”, a proferir diversos insultos aos berros, enquanto decorre a praxe.
Entendo ainda que as práticas da praxe reproduzem relações de domínio sobre os outros deveriam deixar de ser representadas, nem que seja a brincar.
E com todo o respeito queria partilhar uma frase recente do ministro Mariano Gago: "A degradação física e psicológica dos mais novos como rito de iniciação é uma afronta aos valores da própria educação e à razão de ser das instituições de ensino superior e deve pois ser eficazmente combatida por todos, estudantes, professores e, muito especialmente, pelos próprios responsáveis das instituições"
Mariano Gago, Ministro do Ensino Superior (em
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1342312 )
Em tempos, esta instituição teve uma postura clara a respeito da praxe. Neste momento não sei se tem… mas deixo aqui a minha sugestão para que o faça.


Resposta (ipsis verbis) da direcção da dita cuja faculdade:
Uma vez que parece ser uma autoridade no assunto e conhecer profundamente a “postura institucional clara a respeito da praxe” que a instituição teve em tempos, peço que me esclareça a este respeito. De certeza que beneficiaremos todos com o seu conhecimento.
Já agora, informo que nós também lemos jornais.


Assim vai o mundo.

5 October 2009

Because WE HAVE TO?

Alguém conhece isto? Movimento Zeitgeist

"The mission of the movement is the application of the scientific method for social change."

Ao que parece concretiza-se attravés de um projecto concreto www.thevenusproject.com

E=mc2

Será a energia uma entidade igual à massa e não distinta como se acredita? Será que não existem efectivamente duas entidades distintas - massa e energia - mas somente uma? Será que Einstein somente escreveu a receita para a quantidade de energia necessária para criar a aparência de massa? Afinal a massa é apenas energia? Que desafio é pensar que tudo no nosso mundo é apenas um conjunto de cargas eléctricas. Que nós próprios não somos entidades independentes dessa explicação. Que se influenciarmos essas cargas podemos causar uma reacção em cadeia...

As Cinco na Mata do Buçaco

26 e 27 de Setembro. Partida (agendada) para as 06h30. Trupe das 5 (exclui a bola de carne que quase constitui o 6º elemento). Viagem no heróico Bogas. Destino: Buçaco.

Chegadas à Mata do Buçaco começou o desafio. Mapas turísticos que eram verdadeiros mapas do tesouro, daqueles aos quais falta uma parte, milhões de bolotas a concorrer pela nossa atenção. Eu e a Maceda pareciamos dois esquilos daqueles do filme "Idade do Gelo", a encher os bolsos de bolotas, ora grandes, ora pequenas, ora cor de mel, ora escuras como o chocolate...

Percebemos também que a Mata foi a casa da Ordem dos Carmelitas Descalços (entre 1628 e 1834), que aí criaram um "deserto" (onde os monges eram obrigados a plantar árvores), uma via sacra e os passos da Paixão de Cristo, onze ermidas, capelas e o Convento de Santa Cruz (onde está actualmente um palacete de estilo neomanuelino que aloja o Hotel do Buçaco).

Apesar da falta de intencionalidade dos Carmelitas Descalços, é graças a eles que existe a Mata do Buçaco, Monumento Nacional desde 1943, que tem no seu interior 700 espécies de árvores exóticas e indígenas e é classificada pelos botânicos como uma das melhores e mais majestosas colecções dendrológicas da Europa. É muito conhecida pelo cedro-do-buçaco (Cupressus lusitanica). Convém dizer que os religiosos viam no cedro uma árvore sagrada.

Em 1834, data da extinção das ordens religiosas em Portugal, a Mata passou a ser gerida pelo Estado.

Falta referir, mais para me ajudar a lembrar a mim, do que para fazer folhetim de história, que em 1810, lutou-se aqui para combater as tropas de Napoleão Bonaparte.

Toledo: alguns passos pela cidade

Merece bem a pena esta cidade conhecida por ter sido capital da Espanha imperial (Carlos V) e que conserva a águia bicéfala do imperador no seu escudo. A muralha, as portas, as pontes, as igrejas, os conventos, a catedral, os delicados damasquinados, o delicioso mazapan...

Muita história se vê por toda a cidade amuralhada de Toledo e muita mais há ainda a ser descoberta. Destaca a actuação do Consórcio de Toledo que está a identificar, recuperar e trazer à luz um amplo património ainda desconhecido (mesquitas, termas romanas, banhos árabes, conventos, poços...). Destaca ainda a vista da cidade desde a Igreja dos Jesuítas e os mil e um pormenores que se podem apreciar, como o anjo gótico que está discretamente instalado na Rua do Anjo.


O Rio Tejo que enlaça o penhasco onde se implantou Toledo, infelizmente um rio triste e sujo.

Triste é também o facto de o Museu de Arte Contemporânea de Toledo, que ao que parece está fechado há mais de 5 anos, continuar a figurar nos mapas turísticos, levando o turista ao engano e desesperando os moradores e comerciantes do local, que têm que explicar várias vezes por dia que o Museu era para estar ali mas na verdade não está...


Merece a pena dormir no Hotel Pintor El Greco, mesmo ao lado da casa museu do pintor. Fica num edifício tipicamente toledano do século XVII, numa antiga padaria, que foi recuperado. Merece ainda uma visita o Mesón de la Orza, com pratos de caça e cozinha toledana cozinhados com enorme esmero e com produtos de qualidade.

El Entierro del Senõr de Orgaz

Domenikos Theotokopoulos (El Greco) pintou este quadro entre 1586-1588 para representar o milagre supostamente ocorrido quando o corpo do Senhor de Orgaz foi transladado para a igreja de S. Tomé em Toledo em 1327. O quadro de estilo manieirista está desde essa data num nicho da igreja de S. Tomé. É uma obra espectacular pela resolução de algumas imagens, pela luz, pela dupla representação da vida terrena e celestial... Impressionou-me particularmente o excelente estado de conservação e o anjo no centro do quadro (tem um corpo marcadamente masculino da cintura para cima e feminino da cintura para baixo...não li sobre isto em lado nenhum. Estarei eu a inventar?).

Militantes da impossibilidade

Há uns dias o JL enviou-me este artigo do jornal La Vanguardia entitulado o "Mistério português". Começa assim "Portugal transmite una suave impresión de caos, parecida a la que uno siente en una tienda de antigüedades".

O autor - Gabriel Magalhães - toca vários aspectos que bem caracterizam a nossa cultura portuguesa, tão distinta da nos nossos vizinhos espanhóis. Estamos sempre em viagem, sempre em busca do que está mais além. Cultivamos a distância, mesmo no nosso quotidiano. Por exemplo, não somos gente a quem lhe goste conviver na rua e mantemos as distâncias, fisicamente e verbalmente. Somos um país que tem mentalidade de rico, apesar de não o ser assim tanto. Temos manias de ser um tanto ou quanto aristocrátas, tendo substituído os titulos nobiliários pelos académicos. E somos, escreve Gabriel Magalhães, um pouco barrocos: gostamos dos detalhes mas não a estrutura. Temos, além disso, uma obsessão de ser semelhantes aos grandes países ocidentais e, por isso, temos pouco orgulho nacional e damos demasiado valor ao estrangeiro.

Gabriel Magalhães prosegue com explicações sobre a nossa história (génese, expansão, império colonial, decadência desde o século XVIII...) e conclui que Portugal é um país inviável, sustentando-se em Fernando Pessoa e na sua Mensagem: "O português é um militante da impossibilidade. Da sua impossibilidade".

Acho a frase de Pessoa mais do que ilustrativa. Somos efectivamente o exemplo de como é possível avançar mesmo quando tudo está aparentemente a desfavor. Dois exemplos: mantivemos heroicamente um território independente quando nem os mais nacionalistas territórios da peninsula ibérica conseguiram fazê-lo; tivémos que nos lançar ao mar para contrariar o acantonamento a que estavamos destinados e com isso criamos o esquiço da actual globalização, afirmando simultaneamente o português como o quinto idioma mais falado em todo o mundo...

E o curioso é que mesmo que não saibamos muito bem porque avançamos - e muito menos o entendem os supostos estrategas e analistas do mundo - vamos sabendo por onde trilhar caminho...

Diz-se que hoje somos apenas a sombra de um império que Portugal já foi, no qual o dinheiro era tanto que não se contava, pesava-se. Como resultado estamos, por assim dizer, "como peixe dento de água" na actual conjuntura económica.

Talvez a Europa possa aprender algo connosco. Robert Fogel, historiador e prémio nóbel da economia, escreve que no ano 2000 a Europa albergava 6% da população e abarcava 20% da economia mundial. Em 2040, a Europa contabilizará 4% da população e 5% da economia mundial. Creio que não é necessário dizer nada mais.

E estou de acordo com Gabriel Magalhães. Esta constante e cansativa luta pela possibilidade de Portugal deu-nos uma enorme capacidade de inventar e de reinventar-nos a todo o momento.
Acrescento ainda que nos deu a abertura, flexibilidade, modéstia e capacidades de improvisação e auto-critica que não sobejam em outros povos da Europa.

Estará Portugal, mais uma vez sem o planear, a traçar um novo esquiço do futuro da Europa e do mundo ocidental?

Por acaso hoje saiu no Público uma notícia sobre a baixa auto-estima dos portugueses.

15 September 2009

O que podemos aprender com os Gansos? :)

Isto aqui entre nós...
Quando um ganso bate as asas, cria um vácuo para o pássaro que voa logo atrás. Os gansos selvagens ao voar em formação de “V” aumentam em 71% o alcance do voo (em relação ao de um pássaro que voa sozinho).
Quando o ganso que voa no vértice do “V” fica cansado, passa para trás da formação e outro ganso assume a dianteira.
Durante o voo os gansos da retaguarda grasnam para encorajar aqueles que vão à frente a manter a sua velocidade.
Quando um deles fica doente, ferido ou cansado, e tem que sair da formação, outros dois gansos saem da formação e descem com ele para ajudá-lo e protegê-lo.
Alexandre Rangel, Casa das Letras, Lisboa (2006)

10 September 2009

Detalhes: tranquilidade


The field

Quadro inspirado na nova leitura em curso.

4 September 2009

27 August 2009

O jogo do ano

O Rummikub está a espalhar-se mais rapidamente que a Gripe A, é garantidamente muito "virulento" e desconhece-se a cura :) :)

Admito: é um objecto de desejo


Depois de dois anos de espera está a ser difícil continuar a afastar o impeto de ter uma destas maquininhas mágicas. Acho que vou prevaricar.

Bailado urbano com escavadora

Homem e máquina bruta protagonizam bailado urbano, com uma indescritível harmonia, na zona ribeirinha de Montreal.
É impossível ignorar os "sentimentos" da máquina!
Maio 2009, Festival Transamériques

O síndrome de Don Quixote

"Para bien y para mal, el rasgo de caracter distintivo de los españoles es el orgullo. El afán de ganar fama ante los demás y de ser tenidos por intrínsecamente nobles les hace acometer empresas a menudo ridículas pero alguna vez grandiosas y casi siempre inútiles. Están contagiados por don Quijote, al que Cervantes creó como una caricatura y que sus lectores han confundido con el retrato de un ideal" (Catarina de Beauregard, em carta a Voltaire, 177...).

Imagem do filme Donkey Xote

A sós

"É impossível conseguirmos ficar a sós com nós próprios. Sem entretenimentos a nossa existência pode tornar-se insuportável." (Voltaire)

I want to run away from here!




Montreal, Sheerbrooke St, Maio 2009

19 August 2009

Um retiro de reis

Um Bom Retiro para um dia quente de verão...
O Real Sitio del Buen Retiro, desenhado por Alonso Carbonell foi local de recreio real desde meados do século XVII. Foi construído por ordem de Filipe IV como segunda residência.
Felizmente para os madrileños está aberto ao público desde 1869.
No Verão quente como este recrear no Retiro não é um luxo é uma imposição!

18 August 2009

Goya pinta o rei "ousado"

Carolina de Beauregard (Condesa de Montoro), que se correspondeu assiduamente com Voltaire na segunda metade do século XVIII, apresenta assim a cidade de Madrid e os esforços do rei que foi higienicamente muito "ousado":

"El rey Carlos III que es persona bastante razonable apesar de tener la fisionomia y viveza de expresión de una oveja, intentó remediar algunas de las más notables deficiencias de la ciudad. Madrid es una villa bastante grande, de más de 150.000 habitantes y de una fealdad realmente sublime. Tiene fama de ser la ciudad más sucía, pestilente y vocinglera de Europa. (...)
Carlos III encargó las reformas de Madrid a don Francisco Sabatini.
Sabatini hizo construir alcantarillas, cloacas y excusados para 14.000 viviendas; ordenó que las basuras se colocaran en lugares determinados en lugar de arrojarse sin otros miramientos a la via pública; dispuso construir aceras con cargo a los propietários de las viviendas; prohibió el deambular por las calles de cerdos y outros animales; mandó instalar 2.000 farolas públicas (...). Tantos câmbios causaran vértigo en el buen pueblo de Madrid que se sentia feliz entre la mierda y las tinieblas. Se inició una revuelta sediciosa bastante grave encabezada por un cura y las turbas apedrearan con entusiasmo las farolas hasta no dejar una sana, amén de intentar asaltar la casa de Sabatini para castigarle por su osadia higiénica..."

Um segoviano em Nova Iorque


Do Museu de Arte Contemporânea Esteban Vicente (Segovia).
Esteban Vicente (1903-2001)

Solta-se a tampa...


O jardim das dúvidas

Livro de Fernando Savater (filósofo basco) que reúne cartas trocadas entre uma aristocrata francesa que vive em Madrid e o próprio Voltaire, na altura com 83 anos.

Este ano uma das obras mais conhecidas de Voltaire faz 250 anos (Cândido ou o Optimista).

Sabem qual é a resposta para a adivinha no papelinho em cima?

Escutar Die Zauberflöte


A Flauta Mágica é a última ópera de Mozart. Estreou em Setembro de 1791, o ano da sua morte.
A ópera mostra a filosofia da iluminação e está repleta de símbolos maçónicos.

10 August 2009

Fast forward...

31 Julho 2008, Logroño... porto, alicante, porto, mudanças, logroño, expocorvo, porto, de volta à esb, intervir, quer dizer crp-ucp, vou para a rua, não vou? nasce o meu afilhado tomáz! ginásio, spa, spa ao lado de casa...cre_porto a nascer, águeda a começar... ramonet para aena, madrid? buscar casas, casas, casas... calle constelación, barajas... guia a21 tavira...ted no ipod, madrid, porto, madrid...melhor cliente da ryanair... testes e testes das olimpíadas do ambiente...madrid: museu thyssen, circulo belas artes, filme revolutionary road... segovia: museu esteban vicente, alcazar, belíssimo aqueduto, casa museu antónio machado...madrid: caixa fórum, o pensador e os burgueses de calais, de rodin... livro "o jardim das dúvidas" (voltaire), museu rainha sofia... ted no ipod, miguel bombarda, casa de ló, casa viva, casa campo lindo para pilar, galerias de paris, ainda a expocorvo, filme gran torino, restaurante senegalês, selou, tchacry, filme abrazos rotos, café gijon, alcalá de henares, casa natal de miguel de cervantes, preparar cre_porto... emir kustirica, spa, ted no ipod, serralves, final olimpiadas do ambiente, susana luis e maria em madrid, museu rainha sofia, real jardim botânico, viagem canadá, filme queimar antes de ler, the reader, congresso RCE, uma semana por montreal e québec, jantar de verão do gea no páteo das artes, fim de semana em alicante, madrid: visitas de fim de tarde ao prado...velásquez, el greco, el bosco... a descoberta do jardim das delícias, matisse no thyssen, susana luis e maria no porto, s. joão com martelo e alho porro, rumiku, rumiku, curso de verão sobre eds, depeche mode, concerto frustrado, fim de semana em macedo de cavaleiros, feira de vila flor, azeite, festa do pão de morais, ainda a expocorvo, jantar al forno leça com cláudia, jantar de aniversário da minha joana! o tomáz está enorme e lindo! lurdes no porto, concerto na casa da música, batota no rumiku, será que iphoneo desta vez? regresso a logroño como turista... em madrid, cre_porto em cruzeiro, na família: dois bebés a caminho, está quase...de certeza que me esqueci de coisas importantes... próxima viagem?

De volta a Logroño... por um fim de semana

Este fim de semana fomos como "turistas" a Logroño. Como é possível que alguns locais tenham em nós tal efeito? De tal modo que esta Garzeta, que eu já quase dava por morta, ter sido subitamente alimentada com este post sobre o tema "Logroño"!
Um ano depois de ter deixado a cidade este pontual regresso foi muito marcante. Voltar a passear nas mesmas ruas, ir espreitar a janela do 5ºF na Paz, entrar nas lojas do costume, tomar café no faborit, tomar uns "pintxos" na Laurel, rever a Cristina e o Pablo, descer até ao Ebro...
Uma cidade onde me senti como em casa - e esse sentimento é bastante incomum em mim - mesmo um ano depois de não está lá. Que continuava a conhecer como a minha mão...
Em alguns momentos senti grande tristeza, por pensar que aquele capítulo já estava fechado. Que não iria voltar a viver em Logroño. Que não iria viver na cidade previsível. Que iria passar a ser apenas turista...