Se sim, este faz parte da lista!
29 December 2007
A pessoal e inevitável decomposição do ano 2007
2007 foi para mim o ano...
...em que passei mais tempo em Espanha do que em Portugal.
...em que passei a viver (e a achar inevitável viver) no centro da cidade.
...em que descobri verdadeiramente a escrita de Miguel Torga.
...em que conheci Marrocos, Guatemala, Suécia, Copenhaga (desta vez a sério), León, Salamanca.
...em que pintei por necessidade, necessidade de me expressar.
...em que desenvolvi e mantive projectos profissionais dos quais me orgulho.
...em que me libertei da casa do Mindelo.
...em que fui ao casamento do amigo Franklin em Marrocos (inesquecível).
...em que fui mal cuidando da Garzeta, com graves falhas espaciais e temporais. Não volta a acontecer, prometo Garzeta!
...em que percebi que não gosto de fazer muitas coisas ao mesmo tempo (e que cada vez tenho menos capacidade para o fazer!).
...em que passei o meu aniversário em Chefchauen (e nem me lembrei que fazia anos!)
...em que passei a dar mais valor à família e aos verdadeiros amigos (embora confesse que ainda não saiba muito bem como lidar com essa descoberta!)
...em que fiz caminhadas sem fim mesmo ao lado do rio Ebro.
...em que passei mais tempo com um sentimento de pacificação interior.
...em que...
...em que passei mais tempo em Espanha do que em Portugal.
...em que passei a viver (e a achar inevitável viver) no centro da cidade.
...em que descobri verdadeiramente a escrita de Miguel Torga.
...em que conheci Marrocos, Guatemala, Suécia, Copenhaga (desta vez a sério), León, Salamanca.
...em que pintei por necessidade, necessidade de me expressar.
...em que desenvolvi e mantive projectos profissionais dos quais me orgulho.
...em que me libertei da casa do Mindelo.
...em que fui ao casamento do amigo Franklin em Marrocos (inesquecível).
...em que fui mal cuidando da Garzeta, com graves falhas espaciais e temporais. Não volta a acontecer, prometo Garzeta!
...em que percebi que não gosto de fazer muitas coisas ao mesmo tempo (e que cada vez tenho menos capacidade para o fazer!).
...em que passei o meu aniversário em Chefchauen (e nem me lembrei que fazia anos!)
...em que passei a dar mais valor à família e aos verdadeiros amigos (embora confesse que ainda não saiba muito bem como lidar com essa descoberta!)
...em que fiz caminhadas sem fim mesmo ao lado do rio Ebro.
...em que passei mais tempo com um sentimento de pacificação interior.
...em que...
Façam de 2008 um ano de encontro com os paraísos
"Era uma vez um lugar com um pequeno inferno e um pequeno paraíso, e as pessoas andavam de um lado para outro, e encontravam-nos, a eles, ao inferno e ao paraíso, e tomavam-nos como seus, e eles eram seus de verdade. As pessoas eram pequenas mas faziam muito ruído. E diziam: é o meu inferno, é o meu paraíso. E não devemos malquerer às mitologias assim, porque são das pessoas, e neste assunto de pessoas amá-las é que é bom. E então a gente ama as mitologias delas.(...)"
(Herberto Helder, os passos em volta)
(Herberto Helder, os passos em volta)
O regresso
Estão três graus negativos lá fora mas não obstante a casa tem uma temperatura muito confortável... A secretária já está arrumada e preparada para os desafios de 2008. Tudo está pronto: a imagem do galito multicolor à minha frente e já comecei a ler um autor português (desta feita Bernardo Soares). O balneário urbano já me viu esta manhã...
22 August 2007
Asmae & Franklin's wedding
Os últimos meses...
Revestiram-se de muitas mudanças para mim. Todas bem vindas. Foi a mudança definitiva das coisas do Mindelo, resultante da venda da casa (!), a mudança obrigatória de coisas na casita do Porto (o espaço é limitado e obrigou a uma grande reorganização para encaixar todos os objectos não dispensáveis que vieram do Mindelo).
Foi ainda a mudança de casa em Logroño, agora para uma casa mesmo no centro da cidade, como eu andava a desejar (em jeito de apontamento: esta muda de casa foi algo traumática porque me apercebi com que velocidade nos deixamos acumular 'lastro': livros, objectos, trastes sem fim... Mas valeram a pena as dores nas costas. Agora, ao sair de casa com o carrinho de compras de rodinhas e ir fazer compras ao mercado, que fica mesmo aqui ao lado, sinto-me mais feliz. São estas pequeninas coisas que me fazem sentir mais coerente comigo mesma...).
Nos últimos meses aconteceu também a mudança de trabalho que implica fechar muitos assuntos de um lado e começar a abrir no outro. É também um processo que precisa do seu tempo.
Aconteceu igualmente a aprendizagem e a inevitável mudança de perspectiva depois de conhecer, pela primeira vez pelo meu próprio pé, um país islâmico (moderado, é verdade, mas ainda assim islâmico).
Só uma coisa não mudou desde que comecei a explorar as novas facetas de mim própria. A incontrolável vontade de, de vez em quando, pegar nos pincéis, espátulas e tintas. É uma fome que surge de repente, sem aviso, e que não se vai embora enquanto não a saciar.
Foi ainda a mudança de casa em Logroño, agora para uma casa mesmo no centro da cidade, como eu andava a desejar (em jeito de apontamento: esta muda de casa foi algo traumática porque me apercebi com que velocidade nos deixamos acumular 'lastro': livros, objectos, trastes sem fim... Mas valeram a pena as dores nas costas. Agora, ao sair de casa com o carrinho de compras de rodinhas e ir fazer compras ao mercado, que fica mesmo aqui ao lado, sinto-me mais feliz. São estas pequeninas coisas que me fazem sentir mais coerente comigo mesma...).
Nos últimos meses aconteceu também a mudança de trabalho que implica fechar muitos assuntos de um lado e começar a abrir no outro. É também um processo que precisa do seu tempo.
Aconteceu igualmente a aprendizagem e a inevitável mudança de perspectiva depois de conhecer, pela primeira vez pelo meu próprio pé, um país islâmico (moderado, é verdade, mas ainda assim islâmico).
Só uma coisa não mudou desde que comecei a explorar as novas facetas de mim própria. A incontrolável vontade de, de vez em quando, pegar nos pincéis, espátulas e tintas. É uma fome que surge de repente, sem aviso, e que não se vai embora enquanto não a saciar.
17 June 2007
Casa Somera
Um excelente e económico alojamento rural numa aldeia simpática (Viniegra de Abajo). www.casasomera.com
A Aldeia da Luz de La Rioja
Mansilla de la Sierra. Assim se chama a povoação que em 1961 foi submergida pela albufeira com o mesmo nome, não sem antes se ter reconstruído numa cota superior uma aldeia substituta da primeira. Uma história muito parecida à Aldeia da Luz...
Sobrou da velha Mansillla a Eremita de Santa Catalina - um edifício românico do séc. XII - que está localizada mesmo no limite da albufeira (pelo menos agora que está cheia!) e uma ponte do século XV que foi retirada pedra a pedra do local original e instalada (sem qualquer contexto nem razão) à entrada da aldeia.
A mim pareceu-me uma aldeia descaracterizada, cujas casas têm uma tipologia de "bairro social" e onde se fazem obras totalmente alheias à realidade, que ao que parece são feitas com o argumento de atrair turistas... www.mansilla.org
Sobrou da velha Mansillla a Eremita de Santa Catalina - um edifício românico do séc. XII - que está localizada mesmo no limite da albufeira (pelo menos agora que está cheia!) e uma ponte do século XV que foi retirada pedra a pedra do local original e instalada (sem qualquer contexto nem razão) à entrada da aldeia.
A mim pareceu-me uma aldeia descaracterizada, cujas casas têm uma tipologia de "bairro social" e onde se fazem obras totalmente alheias à realidade, que ao que parece são feitas com o argumento de atrair turistas... www.mansilla.org
Efeito Mariza ou sentir algo semelhante a orgulho
Ontem a Mariza cantou em Logroño. Foi no Riojaforum, ao lado do Ebro, perante uma sala meia vazia, mas recheada de emocionados apreciadores da neo-fadista. Seriamos 400? Não sei bem quantos, mas não houve um único que no final do concerto não tivesse aplaudido em pé e entusiaticamente. Portugueses seriamos quatro...
A Mariza esteve fantástica: além da figura atípica do fado que ela representa, a sua empatia inequívoca com o público, a voz versátil e que preenche o auditório mesmo sem microfone, a mistura do fado com ritmos populares portugueses e sonoridades africanas resultaram numa combinação que só enaltece a nossa cultura. Houve momentos em que não cabia dentro de mim. Obrigada Mariza por me fazeres sentir algo semelhante a orgulho em ser portuguesa.
A Mariza esteve fantástica: além da figura atípica do fado que ela representa, a sua empatia inequívoca com o público, a voz versátil e que preenche o auditório mesmo sem microfone, a mistura do fado com ritmos populares portugueses e sonoridades africanas resultaram numa combinação que só enaltece a nossa cultura. Houve momentos em que não cabia dentro de mim. Obrigada Mariza por me fazeres sentir algo semelhante a orgulho em ser portuguesa.
Viana e César Borgia
Com vestígios de ocupação humana desde há 200.000 anos, é hoje uma pequena cidade de Navarra. Depois de anos e anos de grande vitalidade (obteve o título de cidade em 1630) passou pelas invasões francesas, pelas guerras carlistas (séc. XIX) e mais tarde pela guerra civil espanhola.
Hoje em dia vive um periodo de reflorescimento graças também ao facto de em 1507 César Bórgia - filho do papa Rodrigo Borgia e irmão de Lucrécia Borgia - ter morrido em terras de Viana, numa tentativa de resgatar o Castelo de Viana para o rei Juan Juan de Albret, seu cunhado. Este facto tem sido bem aproveitado para o turismo da cidade. Comemoram-se os 500 anos da morte de César Borgia e aproveita-se para recuperar património e atrair visitantes...
Mas a história não tem deixado descansar César Borgia. A localização dos seus restos mortais tem sido razão para muitas movimentações... Em 1507 foram sepultados no interior da Igreja de Santa Maria com todas as honras, por ordem do rei. Pouco tempo mais tarde, o bispo de Calahorra, considerou um sacrilégio que os restos de Borgia (que afinal era um filho de um papa!) estivessem no interior da igreja e mandou retirá-los. César foi para o meio da rua, literalmente. Foi sepultado no meio da Rua Mayor, onde "para que en pago de sus culpas le pisotearan los hombre y las bestias”. Em 1935 César Borgia recebe um espaço próprio. É-lhe esculpido um mausoléu que e colocado na porta da Câmara Municipal. Não durou muito. Durante a guerra civil é destroçado... Em 1953 Borgia volta à igreja, embora fique à porta. Na entrada da igreja de Santa Maria há uma lápide de mármore que assinala o local onde jaz o filho do papa Borgia. Mais informação sobre os Borgia em www.cesarborgia.com
14 June 2007
O ser português
No "Quinto Dia" da "Criação do Mundo", Miguel Torga expõe as sua reflexões sobre a viagem que tinha feito recentemente pela Espanha em plena guerra civil...
"Durante a viagem (...) apesar de horrorizado pela luta fraticida que o via travar, não me cansara de admirar a força afirmativa do povo espanhol, em todas as circunstâncias seguro da sua singularidade e grandeza. O mais humilde salamantino ou soriano, quando declarava a origem, como que atirava sobranceiramente um punhado de barro da meseta à cara do interlocutor. (...) O desgraçado lusíada, pelo contrário, sempre que se via forçado a nomear a terra de nascimento, tinha a sensação de que se denunciava. Impressionado há muito por essa marca do nosso carácter (...) cada vez se arraigava mais no meu espírito de que era preciso estar em graça para merecer certas pobrezas. (...) À semelhança do que acontecia na vida, que também nos é imposta e a que temos que dar sentido, assumindo-a, só num idêntico assenhoramento voluntário e corajoso do berço o poderíamos justificar. Mas só agora (...) via a dificuldade de atingir tal nobreza de alma. Muito poucos o conseguiam. De ai os ditirambos e os sarcasmos, lados do mesmo desespero."
"Durante a viagem (...) apesar de horrorizado pela luta fraticida que o via travar, não me cansara de admirar a força afirmativa do povo espanhol, em todas as circunstâncias seguro da sua singularidade e grandeza. O mais humilde salamantino ou soriano, quando declarava a origem, como que atirava sobranceiramente um punhado de barro da meseta à cara do interlocutor. (...) O desgraçado lusíada, pelo contrário, sempre que se via forçado a nomear a terra de nascimento, tinha a sensação de que se denunciava. Impressionado há muito por essa marca do nosso carácter (...) cada vez se arraigava mais no meu espírito de que era preciso estar em graça para merecer certas pobrezas. (...) À semelhança do que acontecia na vida, que também nos é imposta e a que temos que dar sentido, assumindo-a, só num idêntico assenhoramento voluntário e corajoso do berço o poderíamos justificar. Mas só agora (...) via a dificuldade de atingir tal nobreza de alma. Muito poucos o conseguiam. De ai os ditirambos e os sarcasmos, lados do mesmo desespero."
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30 May 2007
A criação do mundo
Na terra dos Maias 26
Vista de Tikal desde a Pirâmide mais antiga desta antiga metrópole Maia (chama-se simplesmente a Pirâmide e foi construída 700 anos AC). Em Tikal chegaram a viver mais de 100.000 pessoas... Aqui dominou o Rei Maia "Luna Doble Peine", também conhecido por "Ah Cacao" (isto é a sério!) :-)
Os templos que se vêem são (à esquerda) o I e o II em frente um ao outro e o Templo V (cuja subida é um verdadeiro desafio!)
Foto: RR
Os templos que se vêem são (à esquerda) o I e o II em frente um ao outro e o Templo V (cuja subida é um verdadeiro desafio!)
Foto: RR
Portugueses explorados na Europa?
Aqui em Espanha são vários os casos conhecidos. Agora vem a Islândia que, no entanto, nega exploração laboral de portugueses.
Mas um português regressado recentemente da Islândia diz: "É uma experiência muito má, parece que nos tratam como escravos". (...) Também segundo um ex-trabalhador na Islândia, os portugueses são ainda prejudicados pelos reduzidos salários que recebem, "substancialmente inferiores" aos que são pagos a trabalhadores de outras nacionalidades com as mesmas funções."Os italianos ganham, em média, mais três mil euros por mês do que um português que executa o mesmo trabalho". Notícia integral no Público
Porque é que os portugueses são explorados?
Mas um português regressado recentemente da Islândia diz: "É uma experiência muito má, parece que nos tratam como escravos". (...) Também segundo um ex-trabalhador na Islândia, os portugueses são ainda prejudicados pelos reduzidos salários que recebem, "substancialmente inferiores" aos que são pagos a trabalhadores de outras nacionalidades com as mesmas funções."Os italianos ganham, em média, mais três mil euros por mês do que um português que executa o mesmo trabalho". Notícia integral no Público
Porque é que os portugueses são explorados?
29 May 2007
Eleições: por cá muitas PiPas, como gostam os espanhóis...
As eleições autonómicas e municipais passaram-se no Domingo em (quase toda) a Espanha. Os resultados do PP deram-lhe um novo alento, e agora promete repetir a façanha nas próximas eleições (para o Governo Central). Rajoy leva à frente a candeia da Comunidade Autónoma de Madrid, que deu agora uma inequívoca vitória ao PP. Veremos.
Aqui confirmou-se o expectável na comunidade e passou-se o menos previsível no Ayuntamiento... O PP controla novamente, com maioria absoluta, a Comunidade Autónoma de La Rioja (é o quarto mandato consecutivo) e teve uma "baixa" no Ayuntamiento... Ganhou com 13 eleitos, mas sem maioria absoluta e numa situação extremamente desconfortável: contra 12 eleitos do PSOE e 2 do Partido Riojano (partido regionalista, e que de forma simples representa a ala direita do PSOE)... Ou seja, se estes se entendem numa coligação, o PP fica sem liderança na Câmara de Logroño, onde já governava confortavelmente há 12 anos. A candidatura da esquerda em Logroño ficou a 400 votos de eleger um deputado. Foi uma candidatura no feminino, corajosa e firme, numa comunidade mairitariamente de direita. Mais novidades reservadas para breve...
Aqui confirmou-se o expectável na comunidade e passou-se o menos previsível no Ayuntamiento... O PP controla novamente, com maioria absoluta, a Comunidade Autónoma de La Rioja (é o quarto mandato consecutivo) e teve uma "baixa" no Ayuntamiento... Ganhou com 13 eleitos, mas sem maioria absoluta e numa situação extremamente desconfortável: contra 12 eleitos do PSOE e 2 do Partido Riojano (partido regionalista, e que de forma simples representa a ala direita do PSOE)... Ou seja, se estes se entendem numa coligação, o PP fica sem liderança na Câmara de Logroño, onde já governava confortavelmente há 12 anos. A candidatura da esquerda em Logroño ficou a 400 votos de eleger um deputado. Foi uma candidatura no feminino, corajosa e firme, numa comunidade mairitariamente de direita. Mais novidades reservadas para breve...
28 May 2007
Portugal faz tudo errado, mas não há-de ser nada
A Fundação Richard Zwentzerg nasceu em 1999 para estudar o atraso e subdesenvolvimento no mundo mas, logo no início da actividade, ficou fascinada com o caso de Portugal. É famoso o seu relatório de Março de 2000, O País Que não Devia Ser Desenvolvido - O Sucesso Inesperado dos Incríveis Erros Económicos Portugueses. Aí se dizia: "Portugal fez tudo errado, mas correu tudo bem. Os disparates cometidos na sua História são enormes. Só comparáveis com o sucesso que tiveram. Nenhum outro povo do mundo conseguiu construir... e destruir tantos impérios em tantas épocas e regiões. Hoje é um país rico, mais rico que 85% da população mundial. Mas conseguiu isso violando todas as regras do desenvolvimento." Continua (Texto de João César das Neves, DN)
A flor azul que Portugal dá à Europa
"Contemporaneidade, transparência, mar, modernidade e abertura ao futuro" são os atributos adiantados pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, da "flor azul" que é o logótipo da presidência portuguesa da União Europeia (EU) a partir de 1 de Julho.
Vamos tentar ir mais além da imagem, meus conterrâneos? Começamos em casa?
Vamos tentar ir mais além da imagem, meus conterrâneos? Começamos em casa?
Na terra dos Maias 24
E se...
...a um domingo de manhã saisse de casa, a pé, e em 10 minutos me pusesse em Lobete, no balneário urbano de Logroño, pagasse (só) 4 euros e durante uma hora pudesse circular entre piscinas com água a diferentes temperaturas, jorros de água orientados, sauna, banho de vapor, jacuzzi... Iria sair de lá mesmo relaxada!
25 May 2007
Tenho saudades...
De pintar! Já não pego num pincel nem nada que me sirva para expressar artisticamente numa tela, papel ou cartão velho desde Março...
Na terra dos Maias 23
Na terra dos Maias 22
JUNEBUG
Sim, cá por vezes também há cinema em versão original, o que é motivo de grande felicidade para mim. :-)
Bem, Junebug é um filme de Phil Morrison sobre a vida no sul dos Estados Unidos. A trama passa-se na Carolina do Norte, em Plafftown, quando George e Madeleine (uma angariadora de arte) vão visitar a família dele na sua terra natal, a qual ele abandonou pela grande cidade de Chicago, no norte. O filme descreve com alguma piada a vida de uma família e de uma comunidade sulista e relembra-nos que desempenhamos na vida diferentes papéis, de acordo com quem "contracenamos" em determinado momento. A cunhada grávida de George e Madeleine é uma figura incontornável e deliciosa (o que valeu à actriz Amy Adams vários prémios). Vale a pena ver.
Bem, Junebug é um filme de Phil Morrison sobre a vida no sul dos Estados Unidos. A trama passa-se na Carolina do Norte, em Plafftown, quando George e Madeleine (uma angariadora de arte) vão visitar a família dele na sua terra natal, a qual ele abandonou pela grande cidade de Chicago, no norte. O filme descreve com alguma piada a vida de uma família e de uma comunidade sulista e relembra-nos que desempenhamos na vida diferentes papéis, de acordo com quem "contracenamos" em determinado momento. A cunhada grávida de George e Madeleine é uma figura incontornável e deliciosa (o que valeu à actriz Amy Adams vários prémios). Vale a pena ver.
20 May 2007
A Criação do Mundo
Miguel Torga nasceu há 100 anos. Para ser mais precisa: Adolfo Correia da Rocha nasceu no dia 12 de Agosto de 1907. Talvez por isso, ou talvez porque sinto vontade de imbuir-me mais do espírito transmontano, comecei a ler a sua "A Criação do Mundo", a sua própria história.
Até agora só tinha lido "Os Bichos", livro que classifiquei de belíssimo e cruel em simultâneo. Ali não há finais felizes, só finais reais...
Num prefácio a uma edição de "A Criação do Mundo"(em 1984), Miguel Torga escreveu: "Todos nós criamos o mundo à nossa medida. O mundo longo dos longevos e curto dos que partem prematuramente. O mundo simples dos simples e o complexo dos complicados. Criamo-lo na consciência, dando a cada acidente, facto ou comportamento a significação intelectual ou afectiva que a nossa mente ou a nossa sensibilidade consentem. E o certo é que há tantos mundos como criaturas..."
Mais sobre Miguel Torga e a sua obra
Até agora só tinha lido "Os Bichos", livro que classifiquei de belíssimo e cruel em simultâneo. Ali não há finais felizes, só finais reais...
Num prefácio a uma edição de "A Criação do Mundo"(em 1984), Miguel Torga escreveu: "Todos nós criamos o mundo à nossa medida. O mundo longo dos longevos e curto dos que partem prematuramente. O mundo simples dos simples e o complexo dos complicados. Criamo-lo na consciência, dando a cada acidente, facto ou comportamento a significação intelectual ou afectiva que a nossa mente ou a nossa sensibilidade consentem. E o certo é que há tantos mundos como criaturas..."
Mais sobre Miguel Torga e a sua obra
Nem tudo começa com um beijo
Este livro da autoria de Jorge Araújo e Pedro Sousa Pereira, ambos vencedores do Prémio de Literatura Gulbenkian em 2003, conta a história de um mundo que é uma casa. Uma casa com Cave e Sótão. A Cave são os buracos de esgoto que acolhem dezenas de meninos sem abrigo. O Sótão é a cidade onde vão buscar comida às "panelas com rodas" e onde Fio Maravilha conhece Nuvem Maria...
O livro tem umas bonitas ilustrações mas sinceramente não deixa de me cheirar a uma versão pobre de "Capitães da Areia" misturada com "Principezinho".
O livro tem umas bonitas ilustrações mas sinceramente não deixa de me cheirar a uma versão pobre de "Capitães da Areia" misturada com "Principezinho".
17 May 2007
O mundo fantástico do quotidiano
Julio Cortázar, o conhecido escritor argentino (que, no entanto, nasceu em Bruxelas), mestre em mesclar realidade e fantasia escreveu "Historias de Cronopios y de Famas" onde descreve, através de pequenos contos onde os cronópios e os famas são os protagonistas, como vivem uns e outros... Uma metáfora para os "pobres" e os "ricos"? Merece uma leitura.
Após a Guatemala...
Foi uma corrida para preparar um poster para levar para o 9º Congresso Nacional de Ambiente, ir para o Porto, por o trabalho em dia depois de duas semanas fora, reuniões e mais reuniões, lançar um projecto novo, visitar a família e alguns amigos (não deu para visitar todos! desculpem-me...), fazer a declaração de impostos (o que mais me desgastou...), voltar a Logroño, escrever um artigo para uma revista, fazer as duas provas para o DELE (Diploma de Español como Lengua Estranjera), correr para Alicante para ficar dois dias. Depois de pouco mais de um mês de regresso da Guatemala preciso de férias!!
28 March 2007
Directamente da Guatemala
Ola amigos, isto vai ser mais ou menos curto. Guatemala e um pais belissimo. Muito pobre e muito rico, em simultaneo. Com gente de uma grande bondade, mas que e explorada ate aos ossos. Um dos condutores de autocarro que nos trouxe trabalha 7 dias por semana, das 6 da manha as 9 da noite. E sabe que se se queixa ha quatro mais na fila para lhe tomar o lugar. E um indigena puro, desse 60% da populaçao guatemalteca que e diariamente explorada pelos chamados "mestiços". Aprendi com ele a dizer bom dia em quiché (scritch é como se diz). Temos algumas boa aventuras: subida ao Pacaya e ver lava a escorrer do vulcao a 100 metros de distancia, explorar todas as pedrinhas de Tikal, um dos maiores templos Maia, onde chegaram a viver mais de 100.000 pessoas e o passeio no mercado de Flores, onde se vende literalmente de tudo: almas, corpos, frutas e ferramentas... Antigua, onde estivemos nos primeiros dias é um encanto de cidade. Sentia-se uma grande actividade pela aproximaçao da pascoa.
O que mais me marcou até agora? A beleza das mulheres com os seus trajes tipicos. Mulheres bonitas mas com uma vida muito dura. Muitas descalças, muitas muito velhinhas.... Mas todas muito bonitas.
O que mais me marcou até agora? A beleza das mulheres com os seus trajes tipicos. Mulheres bonitas mas com uma vida muito dura. Muitas descalças, muitas muito velhinhas.... Mas todas muito bonitas.
21 March 2007
Dia Internacional contra o Racismo
O calendário de hoje marca este dia. Coincidência ou não, é o dia em que provei a "folhinha de hortelã". Aquela do "sentido da Vida", dos Monthy Pithon, que provoca uma explosão...
O racismo hoje, ou para dizer mais correctamente, a xenofobia, expressa-se mesmo de formas muito subtis. E ser português em Espanha não é fácil. Isso já provaram na pele vários trabalhadores da construção civil e provo também eu, em dias como hoje.
O racismo hoje, ou para dizer mais correctamente, a xenofobia, expressa-se mesmo de formas muito subtis. E ser português em Espanha não é fácil. Isso já provaram na pele vários trabalhadores da construção civil e provo também eu, em dias como hoje.
Hoje continua a nevar III ou onde está a Primavera?
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