Chegadas à Mata do Buçaco começou o desafio. Mapas turísticos que eram verdadeiros mapas do tesouro, daqueles aos quais falta uma parte, milhões de bolotas a concorrer pela nossa atenção. Eu e a Maceda pareciamos dois esquilos daqueles do filme "Idade do Gelo", a encher os bolsos de bolotas, ora grandes, ora pequenas, ora cor de mel, ora escuras como o chocolate...
Percebemos também que a Mata foi a casa da Ordem dos Carmelitas Descalços (entre 1628 e 1834), que aí criaram um "deserto" (onde os monges eram obrigados a plantar árvores), uma via sacra e os passos da Paixão de Cristo, onze ermidas, capelas e o Convento de Santa Cruz (onde está actualmente um palacete de estilo neomanuelino que aloja o Hotel do Buçaco).
Apesar da falta de intencionalidade dos Carmelitas Descalços, é graças a eles que existe a Mata do Buçaco, Monumento Nacional desde 1943, que tem no seu interior 700 espécies de árvores exóticas e indígenas e é classificada pelos botânicos como uma das melhores e mais majestosas colecções dendrológicas da Europa. É muito conhecida pelo cedro-do-buçaco (Cupressus lusitanica). Convém dizer que os religiosos viam no cedro uma árvore sagrada.
Em 1834, data da extinção das ordens religiosas em Portugal, a Mata passou a ser gerida pelo Estado.
Falta referir, mais para me ajudar a lembrar a mim, do que para fazer folhetim de história, que em 1810, lutou-se aqui para combater as tropas de Napoleão Bonaparte.
1 comment:
Foi neste cenário mágico que usufruímos de paisagens encantadoras e se deu também o encontro da Mesa Redonda...acontecimento esse, por vezes, interrompido por personagens curiosas oriundos de não sei onde, mas que teimavam em suspender os trabalhos deveras importantes dos paladinos presentes.
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