Excertos de um mail remetido por uma pessoa atenta aos actos praxistas a uma direcção de uma determinada faculdade:
Tenho observado e ouvido os rituais de acolhimento que os nossos alunos seniores prestam aos “caloiros”. Tenho dúvidas sérias que a praxe seja um elemento de integração e acho que ainda por cima são dados maus exemplos: nas últimas semanas, desde o nosso gabinete assistiu-se aos “doutores” a deitar o lixo no chão, a fazer peões com os carros no parque de estacionamento, a colocar música altíssima estilo “tunning”, a proferir diversos insultos aos berros, enquanto decorre a praxe.
Entendo ainda que as práticas da praxe reproduzem relações de domínio sobre os outros deveriam deixar de ser representadas, nem que seja a brincar.
E com todo o respeito queria partilhar uma frase recente do ministro Mariano Gago: "A degradação física e psicológica dos mais novos como rito de iniciação é uma afronta aos valores da própria educação e à razão de ser das instituições de ensino superior e deve pois ser eficazmente combatida por todos, estudantes, professores e, muito especialmente, pelos próprios responsáveis das instituições"
Mariano Gago, Ministro do Ensino Superior (em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1342312 )
Em tempos, esta instituição teve uma postura clara a respeito da praxe. Neste momento não sei se tem… mas deixo aqui a minha sugestão para que o faça.
Resposta (ipsis verbis) da direcção da dita cuja faculdade:
Uma vez que parece ser uma autoridade no assunto e conhecer profundamente a “postura institucional clara a respeito da praxe” que a instituição teve em tempos, peço que me esclareça a este respeito. De certeza que beneficiaremos todos com o seu conhecimento.
Já agora, informo que nós também lemos jornais.
Assim vai o mundo.
6 October 2009
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