27 February 2007

Os amigos reecontrados

Já escrevi aqui sobre aqueles amigos que "perdemos" pelo caminho, sem razão aparente e explicável.
Mas há também aqueles que reencontramos ao fim de algum tempo. E que bom é voltar a ouvir as suas vozes, trocar as novidades, algumas delas novidades já antigas...
A Cristina D'Alessandro e o Ed, o Romero e Manuela e a amiga de longa data Rosa Matos estão nesse grupo de amigos "reencontrados". Não voltemos a perder contacto.

Será poder de atracção?

Será de mim? Terei assim um elevado poder de atração para problemas "burocráticos"? :)
Depois de ter cancelado a minha conta do telefone Home em Agosto de 2006 com efeitos a partir de 30 de Setembro do mesmo ano continuo a receber ainda à data contas para pagar. Já perdi tempo a enviar um mail (em Dezembro) a explicar que tinha cancelado a conta, ao qual me responderam (!) dizendo que iam tratar do assunto. E continuo a receber contas e ameaças de que me cortam a assinatura. Por favor cortem-na já!!
Depois de pedir ao meu banco, em Setembro de 2006, que efectuasse uma amortização no meu crédito habitação (em Fevereiro de 2007, na data da revisão da taxa) surpresa minha quando nada acontece. Mando mails, telefono... e ainda está o problema por resolver.
É caso para dizer que a atracção é fatal. Pelo menos para mim: desgasta-me, chateia-me, instiga os meus maus instintos. Não gosto nada da sensação.

Nova Cultura da Água

Ando absorvida em leituras sobre este tema e em breve partilharei algumas ideias...

Um beijo para a minha amiga Elsa

Sim, ela sabe quem é. Fez 34 no dia 24 e merece uma grande beijoca. Chuac!
(como sempre eu esqueço as datas, adianto-as, atraso-as... enfim, perdoem-me amigos pela inconstância de memória)

Guatemala, estamos quase, quase...


Estamos nos últimos preparativos para a grande viagem. Vacinas, reservas, bilhetes... Está quase tudo pronto. Tivemos a valiosa ajuda do guia da Lonely Planet (não tenho intenção de fazer publicidade mas sem dúvida é dos melhores para preparar viagens a países como este) e do amigo Guillermo que nos deu excelentes sugestões de locais a visitar, a evitar, a não perder...

Dia 22 de Março rumamos à Guatemala. Vai ser uma viagem dura porque adoptamos a estratégia da "mochila" e percorrer os vários pontos chave do país: Antigua (antiga cidade colonial espanhola), subida ao vulcão Acatenango (3976 metros), Tikal e Yaxhá (ruínas maias), Rio Dulce (manatins!!), Lago Atitlan, Chichicastenango (a feira mais colorida da Guatemala). O entusiamo cresce a cada minutinho que passa.
Espreitem um dos hóteis onde vamos ficar (de construção ecológica). Aaculaax

Mais pinturas: a tinta diluída

Um dos meus favoritos...

Mais pinturas: as manchas

O meu estilo (ou será a minha fase actual?) torna-se claro a cada tentativa. A mancha é o que predomina nos meus quadros. :)
Este fez sucesso na minha turma de pintura...

Mais pinturas: os quadrados

Neste usei papel, latex e tela.

Revista à portuguesa

A semana passada recebi um pacote de revistas portuguesas da Xana: Notícias Magazine e Revista da CM do Porto. Foi uma óptima surpresa! Obrigada Xana :)
Entretanto estava ontem a ler a revista "Porto Sempre" da CM do Porto (nº 13; Jan 2007) quando vejo com surpresa que "a Entidade Reguladora para a Comunicação Social estará a ponderar a possibilidade de equiparar o site da CM do Porto aos outros media electrónicos, conferindo-lhe o estatuto de órgão de comunicação social.". Entrei no site e não me parece muito adequada a dita equiparação. Que acham disto?
Entretanto a revista "Porto Sempre" tem uma elevada qualidade gráfica, está bem organizada, é rica em conteúdos mas todos são naturalmente tendenciosos. O objectivo é vender bem o"Rui Rio", que aparece logo na primeira página a assinar um editorial e com uma foto em grande plano com um sorriso quase simpático.

Maravilhas da tecnologia


Graças a ela posso falar com os meus pais regularmente e inclusivamente vê-los! Não estão docinhos?


Centros de Saúde: Portugal vs. Espanha

Esta semana recebi uma carta do meu Centro de Saúde (em Paranhos) a dar explicações do inexplicável sobre o que se passou na minha última ida ao mesmo (em Dezembro de 2006) e que, claro, se traduziu numa outra reclamação no livro amarelo (aquele que guardam à chave no cofre e que nem sequer sabem utilizar convenientemente).
Em linha gerais passou-se isto (para quem tiver paciência para ler…): telefono para o Centro em finais de Novembro a pedir uma marcação com a minha médica. Sou informada que já não tem vagas para 2006. Explico que é uma situação excepcional e que precisava que visse os resultados de uns exames. Respondem-me que em Dezembro (nas datas em que eu estaria no Porto) dá consultas de recurso das 8 às 9h da manhã em dois dias da semana e que apareça. Chego ao Centro de Saúde num desses dias, a poucos dias do Natal, e ao perguntar pela médica sou imediatamente informada que a “doutora está de ferias”. Ao explicar que me tinham dito para ir lá encaminham-me para outro guichet onde sou olhada de soslaio. Sim? Olhe, passa-se isto assim, assim, digo eu. A senhora olha-me com cara de “nada a fazer”, mas não com pena da resposta que teve que me dar mas quase com prazer em dá-la. Fiquei absolutamente fora de mim, apesar de continuar a parecer que estava dentro. Mas há outro médico que possa ver os exames que trago? Depois de alguma insistência da minha parte, “tente ir à consulta de recurso”, diz-me finalmente sem grande modos. Volto atrás. Onde me inscrevo para a consulta de recurso? Ai não lhe adianta - responde-me o segurança com toda a leveza - a médica faltou.
Eu não discuto o direito às férias da minha médica, nem tão pouco o direito a faltar da médica de recurso (apesar de o achar extremamente oportuno para fazer as últimas comprinhas de Natal, mas adiante…). O que eu não posso suportar é a leveza com que os funcionários me trataram. Primeiro dão-me uma informação telefónica incorrecta (por absoluta falta de zelo profissional), depois dão as más notícias com um gozo quase descarado e por último não estão minimamente preocupados em contribuir para a resolução de um problema concreto que um cliente (e não utente!) lhes coloca. O Compliquex domina e a falta de Zelex cavalga.
A utilização do livro de reclamações nesse dia foi outra aventura. Primeiro a pessoa que mo poderia dar ainda não tinha chegado. Tive que esperar. Depois trocaram-me os papéis químicos e demais de tal forma que faltavam cópias, deram-me o documento errado (cada folha tem uma cor distinta que deve ser mantida no centro, dada ao utilizador ou enviada para o ministério da saúde). Duas horas depois de eu ter saído do Centro de Saúde ligam-me da secretaria com falinhas mansas a pedir que volte ao Centro porque o livro não estava bem preenchido… Nessas alturas sabem usar da boa educação.
Nesta mesma semana, graças à gripe que trouxe do Porto tive que ir ao Centro de Saúde cá em Logroño. Fui ao Centro de manhã, mostrei o meu cartão europeu de seguro de doença e marcaram-me a consulta ainda para esse dia. Não tive que provar que morava ali, só tive que indicar a minha morada. Não paguei taxa moderadora. Fui atendida 10 minutos depois da hora marcada. O médico escreve o historial directamente no computador e imprime as receitas na hora. Isto é que é Simplex!

Porto deixa marcas

No início deste mês fiz uma rápida incursão pelo Porto para uma reunião seguida de uma semana de trabalho e resolução de burocracias. O Porto quis marcar-me para não me esquecer da estadia… Optou por conceder-me uma gripe, das fortes. :)
Como sempre não fui ao médico de imediato na expectativa de que “passasse”… Piorei de tal forma que não escapei da ida ao médico (já cá) e do consequentemente inevitável antibiótico! Porto, não me esquecerei…

Maria Antonieta usaria sapatilhas "all stars"?

Bem, não tenho sido grande frequenadora das salas de cinema nos últimos tempos. Depois do Babel (que já comentei noutro post) vi o filme “Maria Antonieta” da Sofia Coppola. E gostei muito da relação que estabeleceu entre a música e a narrativa. Gostei, adorei, rever Versailles. Do ponto de vista histórico não posso tecer grandes comentários, por puro desconhecimento. Li, no entanto, que a Sofia tornou a Maria Antonieta numa personagem bem mais “agradável” do que terá sido na realidade…
O que na minha opinião é imperdoável (embora algo cómico) é que tenham posto umas sapatilhas “all stars” ao lado dos sapatos da época (numa das cenas de “loucura das compras” no palácio). Eu que sou distraída para detalhes reparei nisso, de tão evidente que é!

26 February 2007

Algumas leituras recentes

Voltei à minha fase José Saramago, talvez por ter lido recentemente no El País uma frase que me deixou algo perplexa com a pretensão que encerrava. Dizia, a propósito do lançamento em Espanha da sua pequena biografia da infância e juventude, algo semelhante a isto: “graças ao trabalho de tradução da Pilar o Saramago é o maior escritor espanhol de expressão portuguesa”. Terei feito uma interpretação errada da frase? Que significa isto?
A verdade é que o José Saramago é muito apreciado em Espanha. Juntamente com o António Lobo Antunes. São os dois autores que vejo frequentemente na imprensa e nos escaparates das livrarias. O livro “Pequenas Memórias” está em destaque em todas as livrarias de Logroño.
Talvez graças a este impulso li de seguida o "Ensaio sobre a Lucidez", a "Jangada de Pedra" e as "Pequenas memórias" que comprei em português na minha última e curta incursão ao Porto em Fevereiro.
Todos os livros são igualmente interessantes. O mais mágico? A Jangada de Pedra, sem dúvida. A Península Ibérica, depois de se descolar inexplicavelmente da Europa pelos Pirinéus, está literalmente à deriva no Atlântico, sem rumo certo. Os povos ibéricos saem da sua rotina e acompanham este movimento errante, em busca de algo... Um pequeno grupo de portugueses e espanhóis juntos por partilharem alguns fenómenos insólitos segue estas migrações, cria relações, cresce com o tempo. Cada uma destas pessoas também erra na busca da sua vida… Ao ler o livro não pude deixar de pensar nas bonecas russas, uma dentro da outra, dentro da outra, dentro da outra…
O “Ensaio sobre a Lucidez” deixou-me lucidamente esclarecida sobre até onde poderão ir os políticos que se vejam despeitados pelos cidadãos. É ficção o que se lê naquelas páginas mas podia muito bem ser verdade.
As “Pequenas Memórias” são mesmo isso. Sabem a pouco. O livro ajudou-me a conhecer melhor o Saramago (ou melhor, o Sousa) que escreve livros fantásticos mas falta-lhe algo…