11 December 2009
Celda 211
10 December 2009
7 December 2009
EL PAÍS anexa Portugal
Schlafe mein liebster, geniesse der ruh
Caixa Fórum Madrid
Bach também reciclava
Aprendi que nesta época era habitual os compositores usarem uma técnica para compor, uma espécie de auto-plágio ou de reciclagem de peças, que sofrem uma nova composição e uma nova letra e acabam por encaixar numa nova obra. A Oratória de Natal é uma dessas obras feitas de peças recicladas. Viva a reciclagem!
Um balde de água bem fria, à temperatura de Madrid
Madrid desde o céu
Vistas desde o 7º andar do edifício do Circulo de Belas Artes de Madrid, Ago 2009
Cocido Madrileño: La Bola
Tem um aspecto típico de tasca de Madrid, com um ambiente muito acolhedor.
O cozido é feito nuns púcaros de barro individuais que, diz na página web do restaurante "La Bola" são deixados lentamente a cozinhar em lenha de azinheira.
O serviço foi simpático, o local estava cheio! Reservamos com dias de antecedência e já só havia mesa disponível para as 15h30!
9 October 2009
Precisamos de um herói
7 October 2009
Um Ig Nobel
continua
Sobre os IG NOBEL (de verdade que garante umas boas gargalhadas e é investigação de verdade!)
Antropoceno sem anthropos
Imagem de The World Without Us
6 October 2009
O mundo um bocadinho ao contrário...
Tenho observado e ouvido os rituais de acolhimento que os nossos alunos seniores prestam aos “caloiros”. Tenho dúvidas sérias que a praxe seja um elemento de integração e acho que ainda por cima são dados maus exemplos: nas últimas semanas, desde o nosso gabinete assistiu-se aos “doutores” a deitar o lixo no chão, a fazer peões com os carros no parque de estacionamento, a colocar música altíssima estilo “tunning”, a proferir diversos insultos aos berros, enquanto decorre a praxe.
Entendo ainda que as práticas da praxe reproduzem relações de domínio sobre os outros deveriam deixar de ser representadas, nem que seja a brincar.
E com todo o respeito queria partilhar uma frase recente do ministro Mariano Gago: "A degradação física e psicológica dos mais novos como rito de iniciação é uma afronta aos valores da própria educação e à razão de ser das instituições de ensino superior e deve pois ser eficazmente combatida por todos, estudantes, professores e, muito especialmente, pelos próprios responsáveis das instituições"
Mariano Gago, Ministro do Ensino Superior (em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1342312 )
Em tempos, esta instituição teve uma postura clara a respeito da praxe. Neste momento não sei se tem… mas deixo aqui a minha sugestão para que o faça.
Resposta (ipsis verbis) da direcção da dita cuja faculdade:
Uma vez que parece ser uma autoridade no assunto e conhecer profundamente a “postura institucional clara a respeito da praxe” que a instituição teve em tempos, peço que me esclareça a este respeito. De certeza que beneficiaremos todos com o seu conhecimento.
Já agora, informo que nós também lemos jornais.
Assim vai o mundo.
5 October 2009
Because WE HAVE TO?
"The mission of the movement is the application of the scientific method for social change."
Ao que parece concretiza-se attravés de um projecto concreto www.thevenusproject.com
E=mc2
As Cinco na Mata do Buçaco
Chegadas à Mata do Buçaco começou o desafio. Mapas turísticos que eram verdadeiros mapas do tesouro, daqueles aos quais falta uma parte, milhões de bolotas a concorrer pela nossa atenção. Eu e a Maceda pareciamos dois esquilos daqueles do filme "Idade do Gelo", a encher os bolsos de bolotas, ora grandes, ora pequenas, ora cor de mel, ora escuras como o chocolate...
Percebemos também que a Mata foi a casa da Ordem dos Carmelitas Descalços (entre 1628 e 1834), que aí criaram um "deserto" (onde os monges eram obrigados a plantar árvores), uma via sacra e os passos da Paixão de Cristo, onze ermidas, capelas e o Convento de Santa Cruz (onde está actualmente um palacete de estilo neomanuelino que aloja o Hotel do Buçaco).
Apesar da falta de intencionalidade dos Carmelitas Descalços, é graças a eles que existe a Mata do Buçaco, Monumento Nacional desde 1943, que tem no seu interior 700 espécies de árvores exóticas e indígenas e é classificada pelos botânicos como uma das melhores e mais majestosas colecções dendrológicas da Europa. É muito conhecida pelo cedro-do-buçaco (Cupressus lusitanica). Convém dizer que os religiosos viam no cedro uma árvore sagrada.
Em 1834, data da extinção das ordens religiosas em Portugal, a Mata passou a ser gerida pelo Estado.
Falta referir, mais para me ajudar a lembrar a mim, do que para fazer folhetim de história, que em 1810, lutou-se aqui para combater as tropas de Napoleão Bonaparte.
Toledo: alguns passos pela cidade
El Entierro del Senõr de Orgaz
Militantes da impossibilidade
O autor - Gabriel Magalhães - toca vários aspectos que bem caracterizam a nossa cultura portuguesa, tão distinta da nos nossos vizinhos espanhóis. Estamos sempre em viagem, sempre em busca do que está mais além. Cultivamos a distância, mesmo no nosso quotidiano. Por exemplo, não somos gente a quem lhe goste conviver na rua e mantemos as distâncias, fisicamente e verbalmente. Somos um país que tem mentalidade de rico, apesar de não o ser assim tanto. Temos manias de ser um tanto ou quanto aristocrátas, tendo substituído os titulos nobiliários pelos académicos. E somos, escreve Gabriel Magalhães, um pouco barrocos: gostamos dos detalhes mas não a estrutura. Temos, além disso, uma obsessão de ser semelhantes aos grandes países ocidentais e, por isso, temos pouco orgulho nacional e damos demasiado valor ao estrangeiro.
Gabriel Magalhães prosegue com explicações sobre a nossa história (génese, expansão, império colonial, decadência desde o século XVIII...) e conclui que Portugal é um país inviável, sustentando-se em Fernando Pessoa e na sua Mensagem: "O português é um militante da impossibilidade. Da sua impossibilidade".
Acho a frase de Pessoa mais do que ilustrativa. Somos efectivamente o exemplo de como é possível avançar mesmo quando tudo está aparentemente a desfavor. Dois exemplos: mantivemos heroicamente um território independente quando nem os mais nacionalistas territórios da peninsula ibérica conseguiram fazê-lo; tivémos que nos lançar ao mar para contrariar o acantonamento a que estavamos destinados e com isso criamos o esquiço da actual globalização, afirmando simultaneamente o português como o quinto idioma mais falado em todo o mundo...
E o curioso é que mesmo que não saibamos muito bem porque avançamos - e muito menos o entendem os supostos estrategas e analistas do mundo - vamos sabendo por onde trilhar caminho...
Diz-se que hoje somos apenas a sombra de um império que Portugal já foi, no qual o dinheiro era tanto que não se contava, pesava-se. Como resultado estamos, por assim dizer, "como peixe dento de água" na actual conjuntura económica.
Talvez a Europa possa aprender algo connosco. Robert Fogel, historiador e prémio nóbel da economia, escreve que no ano 2000 a Europa albergava 6% da população e abarcava 20% da economia mundial. Em 2040, a Europa contabilizará 4% da população e 5% da economia mundial. Creio que não é necessário dizer nada mais.
E estou de acordo com Gabriel Magalhães. Esta constante e cansativa luta pela possibilidade de Portugal deu-nos uma enorme capacidade de inventar e de reinventar-nos a todo o momento.
15 September 2009
O que podemos aprender com os Gansos? :)
Quando um ganso bate as asas, cria um vácuo para o pássaro que voa logo atrás. Os gansos selvagens ao voar em formação de “V” aumentam em 71% o alcance do voo (em relação ao de um pássaro que voa sozinho).
Quando o ganso que voa no vértice do “V” fica cansado, passa para trás da formação e outro ganso assume a dianteira.
Durante o voo os gansos da retaguarda grasnam para encorajar aqueles que vão à frente a manter a sua velocidade.
Quando um deles fica doente, ferido ou cansado, e tem que sair da formação, outros dois gansos saem da formação e descem com ele para ajudá-lo e protegê-lo.
Alexandre Rangel, Casa das Letras, Lisboa (2006)
10 September 2009
4 September 2009
28 August 2009
27 August 2009
O jogo do ano
Bailado urbano com escavadora
O síndrome de Don Quixote
Imagem do filme Donkey Xote
A sós
19 August 2009
Um retiro de reis
18 August 2009
Goya pinta o rei "ousado"
"El rey Carlos III que es persona bastante razonable apesar de tener la fisionomia y viveza de expresión de una oveja, intentó remediar algunas de las más notables deficiencias de la ciudad. Madrid es una villa bastante grande, de más de 150.000 habitantes y de una fealdad realmente sublime. Tiene fama de ser la ciudad más sucía, pestilente y vocinglera de Europa. (...)
Carlos III encargó las reformas de Madrid a don Francisco Sabatini.
Sabatini hizo construir alcantarillas, cloacas y excusados para 14.000 viviendas; ordenó que las basuras se colocaran en lugares determinados en lugar de arrojarse sin otros miramientos a la via pública; dispuso construir aceras con cargo a los propietários de las viviendas; prohibió el deambular por las calles de cerdos y outros animales; mandó instalar 2.000 farolas públicas (...). Tantos câmbios causaran vértigo en el buen pueblo de Madrid que se sentia feliz entre la mierda y las tinieblas. Se inició una revuelta sediciosa bastante grave encabezada por un cura y las turbas apedrearan con entusiasmo las farolas hasta no dejar una sana, amén de intentar asaltar la casa de Sabatini para castigarle por su osadia higiénica..."
Um segoviano em Nova Iorque
O jardim das dúvidas
Este ano uma das obras mais conhecidas de Voltaire faz 250 anos (Cândido ou o Optimista).
Sabem qual é a resposta para a adivinha no papelinho em cima?
Escutar Die Zauberflöte
A ópera mostra a filosofia da iluminação e está repleta de símbolos maçónicos.
10 August 2009
Fast forward...
De volta a Logroño... por um fim de semana
Um ano depois de ter deixado a cidade este pontual regresso foi muito marcante. Voltar a passear nas mesmas ruas, ir espreitar a janela do 5ºF na Paz, entrar nas lojas do costume, tomar café no faborit, tomar uns "pintxos" na Laurel, rever a Cristina e o Pablo, descer até ao Ebro...
Uma cidade onde me senti como em casa - e esse sentimento é bastante incomum em mim - mesmo um ano depois de não está lá. Que continuava a conhecer como a minha mão...
Em alguns momentos senti grande tristeza, por pensar que aquele capítulo já estava fechado. Que não iria voltar a viver em Logroño. Que não iria viver na cidade previsível. Que iria passar a ser apenas turista...