Estas são só algumas imagens mandadas a partir de Angola. São aquelas imagens que não se podem tirar em caso algum, de acordo com as regras vigentes. E são também aquelas que retratam um bocadinho do país real...
ONU: 70 por cento dos angolanos vivem na miséria (18.10.2006 PUBLICO.PT)
Setenta por cento dos 14 milhões de cidadãos angolanos vivem na miséria, apesar das riquezas naturais do país, que é o segundo maior produtor de petróleo do continente africano, denuncia um relatório financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). De acordo com este relatório, de 91 páginas, 70 por cento dos angolanos vivem com um máximo de 1,7 dólar (1,3 euros) por dia. "Há uma diferença entre os recursos naturais de Angola, especialmente as suas riquezas minerais, e o número de pobres", sublinha o relatório, acrescentando que o país beneficia também de um solo fértil, de bons níveis de pluviosidade, de florestas e de reservas de água suficientes. O relatório recomenda ao Governo angolano que "retifique as políticas económica e orçamental, pratique a transparência e adopte políticas realistas, baseadas em cálculos concretos". Lamentando a ausência de dados estatísticos nacionais sobre os problemas sociais, os autores do relatório salientam que, "de acordo com os dados disponíveis, a evolução do país para os Objectivos do Milénio tem sido fraca". Angola saiu há quatro anos de uma guerra civil que durou 27 anos e lançou, em 2004, um programa de luta contra a pobreza que visa diminuir a miséria em 34 por cento, até 2015. Segundo o relatório, as probabilidades de o Governo atingir esse objectivo "são extremamente diminutas". Na semana passada, o Programa Alimentar Mundial (PAM) viu-se obrigado a suspender a ajuda a Angola, devido à falta de financiamento por parte dos países doadores. O PAM chegou a Angola em 1976 para ajudar os mais pobres mas no mês passado começou a suspender a distribuição de alimentos a 700 mil angolanos, entre eles 220 mil crianças.
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ONU: 70 por cento dos angolanos vivem na miséria (18.10.2006 PUBLICO.PT)
Setenta por cento dos 14 milhões de cidadãos angolanos vivem na miséria, apesar das riquezas naturais do país, que é o segundo maior produtor de petróleo do continente africano, denuncia um relatório financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
De acordo com este relatório, de 91 páginas, 70 por cento dos angolanos vivem com um máximo de 1,7 dólar (1,3 euros) por dia.
"Há uma diferença entre os recursos naturais de Angola, especialmente as suas riquezas minerais, e o número de pobres", sublinha o relatório, acrescentando que o país beneficia também de um solo fértil, de bons níveis de pluviosidade, de florestas e de reservas de água suficientes.
O relatório recomenda ao Governo angolano que "retifique as políticas económica e orçamental, pratique a transparência e adopte políticas realistas, baseadas em cálculos concretos".
Lamentando a ausência de dados estatísticos nacionais sobre os problemas sociais, os autores do relatório salientam que, "de acordo com os dados disponíveis, a evolução do país para os Objectivos do Milénio tem sido fraca".
Angola saiu há quatro anos de uma guerra civil que durou 27 anos e lançou, em 2004, um programa de luta contra a pobreza que visa diminuir a miséria em 34 por cento, até 2015. Segundo o relatório, as probabilidades de o Governo atingir esse objectivo "são extremamente diminutas".
Na semana passada, o Programa Alimentar Mundial (PAM) viu-se obrigado a suspender a ajuda a Angola, devido à falta de financiamento por parte dos países doadores. O PAM chegou a Angola em 1976 para ajudar os mais pobres mas no mês passado começou a suspender a distribuição de alimentos a 700 mil angolanos, entre eles 220 mil crianças.
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