3 October 2006

O síndrome do emigrante


Ainda só estou em Logroño há dois dias mas já sinto o síndrome do emigrante.
Antes da partida é o tratar dos papéis no consulado e segurança social. Depois é a viagem de carro, a rebentar de tralhas e seguindo as tradicionais rotas dos emigrantes em França. Depois são os pais a perguntar se vou passar o Natal. E é este sentimento de que "não sou de cá" que me assalta no supermercado, na rua, quando tento falar ao telefone com alguém...

1 comment:

pamacedo said...

Querida mãe, querido pai. Então que tal?
Nós andamos do jeito que Deus quer
Entre dias que passam menos mal
Em vem um que nos dá mais que fazer

Mas falemos de coisas bem melhores
A Laurinda faz vestidos por medida
O rapaz estuda nos computadores
Dizem que é um emprego com saída

Cá chegou direitinha a encomenda
Pelo "expresso" que parou na Piedade
Pão de trigo e linguiça pra merenda
Sempre dá para enganar a saudade

Espero que não demorem a mandar
Novidade na volta do correio
A ribeira corre bem ou vai secar?
Como estão as oliveiras de "candeio"?

Já não tenho mais assunto pra escrever
Cumprimentos ao nosso pessoal
Um abraço deste que tanto vos quer
Sou capaz de ir aí pelo Natal

(Postal dos Correios | Rio Grande)