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Todos conhecemos em maior ou menor grau a triste sensação de descobrir que algo – nem que seja sem importância – mudou numa cidade que tínhamos visitado antes, no local onde vivemos a nossa infância… Sentimos estas mudanças como um atentado contra a nossa ordem e a nossa memória pessoal do local. E o que dizer das pessoas?
Ao longo da vida vamo-nos apercebendo que a vida consiste, em grande parte, em ir sofrendo baixas à nossa volta, perder o rumo temporariamente, para logo voltar ao caminho com aqueles que ainda nos rodeiam.
(Traduzido e adaptado de “Los que aún están” de Javier Marias, EPS 1584)
4 comments:
Mas também consiste em ir encontrando, pelo caminho, coisas, locais e pessoas novas :)
A isso chama-se impermanência... não quero parecer pessimista (antes pelo contrário :)), mas é melhor que nos habituemos à ideia das baixas como se estivessemos apenas a ver um filme... sob pena de muito sofrimento pelo caminho. E não me parece que isso seja o que queiramos.
Beijocas grandes com muita saudade!
PRibeiro
Ribeiro, que bom ter-te de volta a comentar os meus posts!
bjinhos
Elsa, tens MUITA razão! Eu é que sou sempre um pouco gris..
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